Indicadores estratégicos, táticos e operacionais? Entenda!

Indicadores estratégicos, táticos e operacionais formam um verdadeiro “trio de ferro” para blindar uma empresa contra as adversidades e elevar o nível de gestão a um patamar de eficiência extremamente alto. É através deles que se pode saber, entre outras coisas, se os objetivos do negócio estão sendo e serão alcançados ou se algum tipo de ajuste é necessário – e onde é.

Um bom exemplo de que a análise de indicadores é fundamental está na pesquisa “Por que as startups fracassam? (Why startups fail?), feita pela consultoria CB Insights. Embora contemple a realidade de empresas norte-americanas, as razões enumeradas servem perfeitamente para negócios em qualquer parte do mundo. Afinal, ninguém pode contestar que deixar de atender às demandas do mercado é um erro (1º lugar com 42%), certo?

Agora, você tem a oportunidade de saber como começar um planejamento nos três níveis elementares e, assim, saber como avaliar seus principais indicadores.

Então, vamos ver como fazer isso?

Como os indicadores estratégicos se relacionam?

Disse o autor John L. Beckley que “a maioria das pessoas não planeja fracassar, mas fracassa por não planejar”. Até aí tudo bem, não há dúvidas de que, sem um bom plano, fica muito mais difícil ter sucesso em uma atividade. Contudo, se o planejamento não for bem feito, ele vai levar ao mesmo fracasso. O que fazer para assegurar de que as coisas vão correr bem desde o início?

É nesse ponto que o plano estratégico precisa ser articulado, ou melhor, desmembrado em mais outros dois planos, o tático e o operacional. É como se, a partir de um grande plano, outros menores surgissem, em uma espécie de efeito cascata. Já que citamos uma frase, vale citar mais uma, do autor Ram Charam, para ilustrar o quão importante é essa articulação de planos: “70% das estratégias fracassam na sua execução, raramente por falta de inteligência ou visão”. 

Da mesma forma, o efeito cascata acontece com os indicadores; criando o que é conhecido no meio empresarial como Hierarquia de Indicadores ou, Árvore de Indicadores.

Quais riscos os indicadores mal alinhados trazem?

Quando se adota um plano eficaz em materializar as ideias propostas, o resultado é sempre positivo. Dessa forma, os indicadores estratégicos vão trazer dados relevantes para a gestão, contribuindo para a correção de falhas e para o crescimento da empresa. Do contrário, indicadores inconsistentes ou sem muita relação com as reais dificuldades ou necessidades de um negócio, em vez de ajudar, acabarão por atrasar as decisões.

Metaforicamente, é como se você tentasse prever o quanto vai colher de laranjas tomando como referência uma safra de maçãs. Ou seja: indicadores só ajudam a aumentar a eficiência e a identificar oportunidades se estiverem corretamente alinhados ao seu contexto. Para isso, é fundamental cuidar do planejamento.

Quais os passos para montar a pirâmide de planejamento?

De forma resumida, a seguir, veja como dar o pontapé inicial articulando a três etapas de planejamento que vão nortear a construção dos indicadores. Confira!

Estratégico

O planejamento estratégico consiste em definir metas de longo prazo, em geral, de 2 a 5 anos.

  • ferramentas usadas: análise SWOT, definição de missão, visão e valores, Market Share, BSC (Balanced Scorecard) e, entre outras;
  • exemplo: qualificar todo o quadro de colaboradores com nível superior.

Tático

Assim como no futebol, o meio de campo faz a ligação entre defesa e ataque. Nas empresas, o planejamento tático é o responsável por ligar a teoria à prática. As pessoas responsáveis por essa parte levarão o plano da alta gestão para os demais setores que, a partir daí, operacionalizarão o planejamento no dia a dia. Por isso, ele é estimado para o médio prazo, sendo elaborado para cobrir períodos de 1 a 2 anos.

  • ferramentas usadas: plano de marketing, plano de RH, plano de produção;
  • exemplo: eliminar o absenteísmo na empresa em, pelo menos, 50%.

Operacional

Finalmente, o planejamento operacional é aquele no qual os gestores e supervisores, junto ao pessoal que atua na linha de frente, asseguram a realização do planejamento no dia a dia. Por isso, em geral, nessa etapa se trabalha com metas mais imediatas ou de curto/curtíssimo prazo, entre 3 e 6 meses.

  • ferramentas usadas: 5W2H, cronogramas e planos de contingência;
  • exemplo: criar um programa de capacitação de tecnólogos.

Quais tipos de indicadores adotar para cada etapa?

Como você já sabe, para cada fase do planejamento são indicadas ferramentas específicas. O mesmo se aplica aos indicadores para medir o sucesso em cada um deles. Veja quais são.

Macroindicadores

Para avaliar a eficácia do plano estratégico, é preciso considerar aspectos mais amplos do negócio, afinal, eles se aplicam ao longo prazo e para objetivos de grande alcance. Nesse caso, destacamos os seguinte macroindicadores externos e internos:

  • conjuntura econômica — Como as políticas fiscais e tributárias afetam os negócios?
  • concorrência — Qual tipo de concorrentes podem surgir ou mudar as “regras do jogo”?
  • capital intelectual — O quadro da empresa são qualificados o bastante?

Indicadores gerenciais

Já no nível intermediário, as pessoas responsáveis por levar o planejamento estratégico aos setores da empresa precisarão se pautar por indicadores um pouco mais específicos. Alguns exemplos:

  • capacidade produtiva — A empresa produz de acordo com as metas estratégicas?
  • performance das vendas — Os setores de marketing e vendas apresentam bom desempenho?
  • programas de incentivo — O número de faltas injustificadas caiu ou não?
  • controle de orçamento — O budget é respeitado ou o fluxo de caixa aponta constantemente para saldos negativos?

Indicadores de eficácia

Por último, mas não menos importante, os indicadores de eficácia servem para medir o sucesso das ações definidas para o planejamento operacional. São indicadores para acompanhar as rotinas de “chão de fábrica” ou, se preferir, se os trabalhadores responsáveis pela execução dão conta das tarefas conforme o planejamento tático.

Confira alguns exemplos: 

  • número de atendimentos realizados — Quantos clientes a empresa atendeu no último mês?
  • unidades produzidas por semana — Os produtos foram entregues na quantidade e na qualidade especificadas?
  • indicadores de produtividade — por exemplo, número de tarefas/projetos entregues por colaborador ou distância coberta por uma empresa do ramo de delivery.

Os indicadores Operacionais influenciam os Táticos, que por sua vez influenciam os Estratégicos. Esse efeito “árvore” possibilita que os gestores façam uma avaliação top-down, ou seja, se um determinado indicador estratégico está com resultados ruins, é possível navegar descendo pela estrutura afim de entender em que nível, e onde exatamente está, o problema.

Fica difícil imaginar a gestão de tudo isso sem recursos compatíveis, não é mesmo? Nesse aspecto, é fundamental contar com o suporte tecnológico na forma de softwares e sistemas desenvolvidos para essa finalidade. Dica final: a ferramenta Scoreplan é ideal para a gestão estratégica das empresas, contando com todas as funcionalidades inerentes ao Planejamento Estratégico e Orçamentário, como por exemplo a parte de Indicadores e Hierarquia.

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