Como está a maturidade digital das empresas brasileiras?
A maturidade digital é um dos novos indicadores de que uma empresa está realmente atingindo os seus objetivos.
É o que sugere o estudo Achieving Digital Maturity, da Deloitte, no qual 85% dos líderes empresariais consideram que ser digital é importante para o sucesso.
A pesquisa aponta, ainda, para uma série de diferenças entre as empresas digitalmente amadurecidas e as que não são. Uma das mais significativas é a capacidade de reter talentos.
Nas empresas que não oferecem oportunidades de desenvolvimento em um ambiente digital, a probabilidade de um colaborador sair é de 43% entre os profissionais de vendas. Já nas que oferecem essas oportunidades, as chances são de apenas 7%.
Na prática, o que nós daqui da Scoreplan já percebemos é que a quantidade de problemas relacionados à gestão estratégica é proporcional ao uso que a empresa faz da tecnologia.
E na sua empresa, a parte digital encontra-se desenvolvida ou não?
Se ainda não está, não se preocupe, já que boa parte dos negócios no Brasil precisa avançar nesse quesito. Continue lendo e saiba como sair na frente!
O que é maturidade digital?
Maturidade digital é o que determina o quanto uma empresa se encontra avançada em relação ao uso que faz das tecnologias digitais em seus processos.
Dessa forma, as que são amadurecidas digitalmente são mais hábeis em aproveitar recursos como Inteligência Artificial (IA), Machine Learning e IoT, entre outros.
Uma empresa madura na parte digital, normalmente, se mostra também desenvolvida em outros aspectos estratégicos, como a Inteligência de Negócios (BI).
Faz todo sentido, já que, nelas, o uso de dados estruturados faz parte dos seus procedimentos para a tomada de decisão.
Por isso, as empresas têm se preocupado em medir o quanto estão prontas para usar as soluções digitais, avaliando constantemente seu grau evolutivo nesse quesito.
Como medir a maturidade digital?
Assim como diferenciamos uma pessoa madura de uma imatura pelo seu comportamento, algo parecido é feito para medir a maturidade digital de uma empresa. Por outro lado, os limites entre o que é e o que não é considerado maduro podem ser bastante fluidos, ainda mais no contexto corporativo, sempre sujeito a mudanças.
Uma das referências usadas nesse sentido é avaliar a maturidade digital da empresa a partir das 4 dimensões principais, segundo a McKinsey: Estratégia, Capacidades, Organização e Cultura.
Por isso, para entender qual a maturidade da sua empresa, faça o nosso Quiz de Maturidade Estratégica. Em poucas perguntas, você consegue ver qual o nível estratégico da sua empresa.
E a maturidade digital das empresas brasileiras?
O artigo “Transformações digitais no Brasil: insights sobre o nível de maturidade digital das empresas no país” pode ser considerado um ranking por setor nesse quesito.
Nele, a McKinsey traça um panorama abrangente do cenário empresarial brasileiro, apontando para os setores mais amadurecidos digitalmente.
Para isso, ela estipulou o Analytics & Digital Quotient (A&DQ), critério que avalia 22 práticas de gestão críticas para o sucesso da transformação digital, com notas de 0 a 100.
Veja as notas por setor:
- Financeiro: 46 pontos
- Varejo: 45 pontos
- Telecom e tecnologia: 43 pontos
- Bens de consumo: 37 pontos
- Transporte e infraestrutura: 35 pontos
Com as médias obtidas, considera-se pelo ranking que, de 37 pontos para baixo, estão as empresas defasadas tecnologicamente. Logo, apenas os setores financeiro, varejo e telecom estão amadurecidos da parte digital, segundo os critérios da pesquisa.
Quais as vantagens em desenvolver a maturidade digital?
O que não faltam são evidências, tanto práticas quanto embasadas em pesquisas, de que ser amadurecida digitalmente só traz benefícios para uma empresa.
Dizemos isso com base também no que acompanhamos em nosso dia a dia junto aos nossos clientes.
É um prazer para nós fazermos parte do processo de amadurecimento digital deles, não só solucionando suas dores, como ajudando em alguns casos, a mudar a própria cultura organizacional.
Todo esse processo vem acompanhado de resultados concretos, obviamente. Redução dos custos, maior lucratividade e fluxos de caixa constantemente positivos são só alguns deles.
Por outro lado, esses benefícios são apenas a consequência de uma mudança mais profunda, como as que vamos destacar na sequência. Acompanhe!
Melhora do processo decisório
A pesquisa da Deloitte revela que, em 80% das organizações amadurecidas digitalmente, os líderes mostram amplo conhecimento e habilidade para liderar.
Isso porque suas decisões são, em geral, orientadas por dados estruturados, obtidos a partir de ferramentas de BI e de plataformas de gestão como a Scoreplan.
Então, quanto mais amadurecida a empresa estiver em relação ao uso dessas soluções, mais qualificado será o seu processo decisório.
No longo prazo, isso gera uma vantagem estratégica sobre os concorrentes defasados na parte tecnológica e digital.
Já no curto prazo, impede que erros estratégicos sejam cometidos por falta de visão sobre os impactos das decisões em setores como RH, estoque, compras e vendas.
Aumento da competitividade
Quando a empresa qualifica o processo decisório, deixa de agir precipitadamente, passando a orientar-se por informação ao direcionar suas iniciativas.
Com isso, ela abre caminhos para ganhar vantagem competitiva sobre seus concorrentes, dentro do previsto nas 5 Forças de Porter, que consistem em:
- Ameaça de substituição
- Ameaça de novos entrantes
- Poder de negociação do cliente
- Poder de negociação do fornecedor
- Rivais no mercado
A ameaça de novos entrantes, por exemplo, depende ainda mais da maturidade digital, já que ela vem quase sempre na forma de produtos ou serviços disruptivos.
Seria impossível lidar com esse tipo de concorrente sem um background de conhecimento tecnológico, o que só reforça a importância de desenvolver processos digitais.
Sua empresa omnichannel de verdade
Não são somente as empresas que se mostram amadurecidas em relação ao uso das tecnologias digitais.
O consumidor também evolui nesse aspecto, tanto que ele passou a ser omnichannel, usando múltiplos canais para comprar e se relacionar com suas marcas preferidas.
Nesse cenário, é fundamental estar pronto para fazer uso da tecnologia, com ênfase em sistemas de Customer Relationship Management (CRM).
Ser omnichannel no atendimento significa desenvolver a capacidade de se comunicar de forma fluida e contínua com um cliente, não importa de onde venha o contato.
A empresa torna-se capaz de tratá-lo da mesma forma, não importa se a primeira interação foi por telefone e a segunda por email, por exemplo.
Abre caminho para a inovação
Tendo em conta que os novos entrantes são uma ameaça, e que essa ameaça vem geralmente em soluções disruptivas, inovar passa a ser fundamental.
Por outro lado, a disruptividade é uma característica que só pode ser desenvolvida nas empresas que tenham uma cultura favorável à aplicação da tecnologia.
Nas empresas amadurecidas digitalmente, cria-se um ambiente propício para a inovação aberta, na qual ocorre um saudável intercâmbio de ideias com outras empresas.
Sempre lembrando que foram as empresas disruptivas as responsáveis pela queda de empresas consideradas imbatíveis em seus segmentos, como aconteceu com a Nokia e a Blockbuster, entre outras.
Facilita a automação
Como destaca um artigo da IBM, uma das principais falhas das empresas ao implementar a automação é a falta de habilidades necessárias para dimensionar suas necessidades.
Uma das características das empresas maduras na parte digital é exatamente a maior presença de talentos e de profissionais qualificados no uso da tecnologia.
Como vimos, a evasão de talentos nas empresas amadurecidas digitalmente é menor, facilitando assim a implementação de processos de automação.
Viabiliza conceitos como BYOD e IoT
A Internet das Coisas é um conceito e uma forma de organizar atividades e de produzir utilizando a tecnologia digital.
Esse é mais um conceito em voga em um mundo regido pela Transformação Digital, em que tudo passa a ser “digitalizável”.
Outro conceito que ganha cada vez mais espaço no meio corporativo é o Bring Your Own Device (BYOD).
Nas empresas que aplicam o BYOD, cada colaborador tem autonomia para usar seu próprio dispositivo para realizar suas tarefas.
Isso demanda uma grande capacidade de integração por meio de softwares, além de protocolos de segurança digital mais rígidos.
A maturidade digital, então, é um pressuposto para que esses e outros conceitos possam ser implementados e, principalmente, desenvolvidos no contexto corporativo.
Precisão das análises
Com a automação, aumenta a capacidade de armazenar e processar dados com o objetivo de fazer análises e diagnósticos de negócio.
Também melhora a capacidade de gerar insights a partir dessas análises, ao utilizar softwares e plataformas de BI, por exemplo.
Um caso de sucesso que ilustra bem o quanto a maturidade digital faz a diferença é o da UPS.
Depois de um extenso trabalho de análise de dados, eles conseguiram reorganizar a maneira como traçam a rota de seus veículos de entrega, que passaram a virar somente à direita em seus trajetos. O resultado: economia de 10 milhões de galões de combustível e 100 mil m2 a menos de CO2 lançados na atmosfera por ano.
Conclusão
E na sua empresa, a maturidade digital se faz presente ou há muito o que melhorar nesse aspecto?
Uma maneira de acelerar o processo é contar com soluções que facilitem o planejamento e a gestão financeira e estratégica.
A Scoreplan faz isso e muito mais pelo seu negócio. Somos a plataforma mais completa do mercado para Planejamento Estratégico e Orçamentário, premiada pelo segundo ano como a melhor IndTech do Brasil.
Fale conosco pelo WhatsApp e saiba como podemos ajudar a sua empresa a amadurecer digitalmente para crescer e prosperar!