Due Diligence

Você sabe o que é Due Diligence de riscos e para que serve?

É bem sabido que empresas não existem sozinhas. Elas estão constantemente em relação com outras organizações, de forma que é natural que necessitem avaliar as condições umas das outras, verificando se é realmente confiável e vantajoso para seus negócios estabelecerem um contrato entre si.

Podemos imaginar uma empresa realizando um processo de aquisição de uma outra. Nesse caso, é essencial a realização de uma análise completa, a fim de garantir a segurança do processo e mitigar maiores riscos.

Entretanto, em casos semelhantes, que requerem um elevado grau de atenção, muitas empresas e seus gestores não sabem como proceder.

Por isso, desenvolvemos esse artigo para tratar do Due Diligence de riscos, um processo essencial no âmbito de aquisições corporativas. Continue lendo nosso conteúdo e saiba mais sobre esse assunto.

O que é Due Diligence de riscos?

O Due Diligence, conhecido em português como “diligência prévia”, é um processo visto por alguns gestores como uma espécie de auditoria. Porém, não se trata exatamente disso, o que gera uma confusão bem comum entre os profissionais.

Ele diz respeito ao processo de análise, estudo e avaliação de dados de uma empresa que está sendo alvo de negociação (também chamada de Target). Ele serve para a identificação de possíveis distorções que possam ocorrer diante de práticas empresariais.

Analisa, assim, questões da área financeira, contábil, previdenciária, trabalhista, imobiliária, tecnológica e jurídica da empresa que está em negociação com a sua.

Assim, trata-se de um processo investigativo que deve ser feito antes de um procedimento empresarial em conjunto com uma empresa parceira. Seu objetivo é conhecer detalhadamente a real situação da organização com a qual pretende se relacionar, e, normalmente, é feito por ambas as partes.

Qual sua importância para uma empresa?

O processo de Due Diligence permite se ter acesso a uma visão ampla das condições reais da organização com a qual se está negociando, seja para venda, cisão, fusão ou incorporação.

Assim, caso você, empresário, esteja pensando em vender o seu negócio, pode utilizar o Due Diligence para se assegurar de que a outra empresa apresenta condições de arcar com a compra adequadamente, garantindo que ela conseguirá prosseguir com o seu negócio a longo prazo.

Da mesma forma que, caso você esteja pensando em realizar a aquisição de uma outra empresa, o Due Diligence fornecerá os dados necessários para avaliar se essa incorporação é de fato vantajosa para seu negócio ou se poderá representar prejuízo futuros.

Sem isso, há um elevado aumento das chances de riscos para o seu negócio ou para você como investidor. Há diversas empresas que quebraram depois de um tempo por assumirem os débitos das organizações que incorporaram, principalmente no que concerne a questões fiscais e trabalhistas, assumindo ações judiciais que não lhes pertenciam anteriormente.

Além disso, o processo é vantajoso tanto para os investidores quanto para os empresários, a fim de que possam decidir se determinada ação apresenta chances reais de render lucros e sucesso para seus negócios. Tudo isso a partir de dados concretos que embasem e fundamentem essa decisão.

Além disso, o Due Diligence pode servir como uma ferramenta de avaliação interna, de forma a identificar se o seu negócio é, de fato, sustentável e se está com um crescimento dentro das metas estipuladas para o período, realizando um diagnóstico empresarial mais efetivo.

Podemos ainda destacar o seu auxílio à outras questões, como:

  • identificação de fraudes cometidas por fornecedores, clientes e até mesmo por seus próprios colaboradores;
  • exposição de possíveis fraquezas internas;
  • avaliação de riscos e oportunidades do seu negócio;
  • avaliação do grau de conformidade da sua empresa, para garantir compliance.

Em que situações deve ser executado o Due Diligence?

O processo de Due Diligence é realizado, normalmente, quando duas empresas se colocam em situação de negociação ou de estabelecimento de uma nova relação, como nos seguintes quadros:

  • aquisição;
  • transações que envolvam compra e venda de produtos e/ou serviços;
  • busca de investidores;
  • fornecimento de investimento para outras empresas;
  • gestão de riscos eficiente;
  • ingresso em sociedade.

Como realizar o processo de forma correta?

O processo é feito, normalmente, por meio de análise da documentação entregue pela organização, verificando os dados apresentados e suas conformidades e não-conformidades.

Essa análise também pode ser realizada por meio de conversas com os executivos responsáveis. Porém, nesses casos, não constituem uma avaliação minuciosa de saldos, transações e de documentações que sirvam de suporte concreto para a decisão.

Por fim, é possível ainda se valer dos dois processos de forma complementar.

Qual é o passo a passo do Due Diligence?

Se você está em uma negociação com outra empresa, é necessário realizar um processo multidisciplinar de Due Diligence, para avaliar as diversas questões que envolvem a outra empresa. Para isso, é importante montar uma equipe com profissionais especializados nas seguintes áreas:

  • contabilidade;
  • finanças;
  • tributário;
  • administração geral;
  • recursos humanos;
  • controladoria;
  • Valuation.

Eles também deverão verificar a previsão de fluxo de caixa, análise de livros contábeis, projeções financeiras, ativos físicos, situação tributária, entre outros.

Deve ser coletado, assim, o máximo de informações possíveis sobre cada uma dessas áreas, para que seja feita a análise de cada uma delas, de modo separado e, também, em conjunto. Após tudo isso, poderá ser tomada uma decisão melhor embasada.

Quais as principais áreas do Due Diligence?

As principais áreas envolvidas no processo de Due Diligence são:

  • financeiro;
  • contábil;
  • vendas;
  • questões trabalhistas;
  • área tributária;
  • propriedade industrial.

Porém, algumas empresas podem solicitar ainda o levantamento de informações e documentações de outras áreas e questões, tais como:

  • questões ambientais;
  • relações concorrenciais (Conselho Administrativo de Defesa Econômica — Cade);
  • imobiliárias;
  • relações judiciais e, até mesmo, criminais.

É importante ressaltar que há limitações nos trabalhos de Due Diligence. Em alguns casos, não é possível ter acesso aos documentos em tempo hábil para a execução da análise. Assim, nem sempre é possível garantir que todas as modificações necessárias e todos os pontos a serem identificados possam ser vistos tal como é recomendável.

Assim, em resumo, o Due Diligence é um processo de avaliação fundamental para que seja feita uma aquisição, venda ou investimento de forma adequada, conseguindo potencializar os resultados do seu negócio e minimizar os riscos de problemas e prejuízos que possam causar, até mesmo, o fechamento precoce da sua empresa.

Se é a primeira vez que está realizando esse tipo de avaliação, pode ser essencial contar com um profissional especializado que realize esse tipo de ação, de forma a evitar erros que possam comprometer o Due Diligence.

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