Case TERTECH: Tecnologia, Visão e Boas Práticas de Gestão
O maior concorrente de toda a empresa de tecnologia que atua no mercado brasileiro é a cultura (ou, a falta de). Existe ainda uma boa parcela de gestores que enxergam a tecnologia como uma despesa e não como um investimento.
Isso é um mito, e a maior prova disso é que a Transformação Digital das empresas foi mais impulsionada no Brasil pela chegada do novo Coronavirus do que qualquer outra iniciativa “não coercitiva” já tentada antes.
Ou seja, Reação ao invés de Preparação.
Esta crise nos mostra também o quanto essa relação: Reação>Preparação; é ineficaz, e se tornará cada vez mais – considerando a velocidade com que o mercado e o comportamento de consumo muda. Enquanto houverem empresas focando seus esforços em reagir, haverão outras empresas, mais bem preparadas, abocanhando rapidamente a fatia de mercado que antes pertencia a elas.
Essa falta de uma cultura orientada pela tecnologia, ao contrário do que se pensa, não é especialidade de um setor ou porte específico de empresa. Vemos grandes empresas com processos onerosos, altas taxas de retrabalho, problemas de comunicação e custos elevados justamente pela falta de investimento em tecnologia para simplificar as operações da empresa e torná-las mais adequadas.
Em contrapartida, vemos empresas de pequeno e médio porte que a cada ano superam suas perspectivas de crescimento; oferecendo experiências de consumo mais satisfatórias ao cliente, e ainda, com boas margens de lucro. Isso só é possível através de um modelo de gestão mais “Lean”; enxuto, consciente, sustentável e justo – tendo a tecnologia como um dos pilares.
Esse é o momento em que você pode pensar que somos “suspeitos” para falar isso, porque é do nosso interesse que haja essa mudança de cultura (na verdade é, e deveria ser de todos os brasileiros). Mas, ainda assim, trouxemos um case real; conversamos com o Tiago Fernando de Azevedo, CEO da Tertech, sobre este assunto.
Continue lendo o artigo para ver trechos da conversa e vários insights.
Sobre
O Tiago é um jovem empreendedor. Com apenas 33 anos e formado em Engenharia de Materiais, está à frente da Gestão da fabricante de quadros de comandos e painéis modulares aqui de Caxias do Sul desde 2010, ano de sua fundação.
A Tertech surgiu com o objetivo de terceirizar a montagem de kits de parafusos para uma empresa multinacional onde o Tiago trabalhava na época.
“Através da minha inexperiência como empresário e de muitos boicotes, no final de 2013 tivemos que nos reinventar, ‘renascer das cinzas’, e neste momento surgiu a Tertech com produtos próprios – os quais são o nosso foco até hoje. Além da vontade de empreender, sempre sonhei em ter uma empresa modelo, e desde de 2010 trabalho incansavelmente para isto.”
Atualmente, devido ao momento delicado pelo qual a nossa economia está passando em função da COVID-19, a Tertech está com uma equipe de 14 colaboradores. No entanto através de uma atuação dentro da legalidade, seguindo valores éticos, transparentes e justos, e, com um importante diferencial competitivo: a customização dos produtos; a Tertech consegue elevar o grau de valor agregado para o seu cliente, e comemora neste ano seu aniversário de 10 anos de fundação – conta Tiago
O Papel da Tecnologia
Ao ser questionado sobre o papel da tecnologia na história da Tertech, o Tiago respondeu:
“A tecnologia sempre esteve muito presente em toda a nossa caminhada, porém a cada nova fase de maturidade que a Tertech atinge, essas tecnologias são revistas e tendo a necessidade, são substituídas ou aprimoradas. Hoje, através do nosso sistema de ERP, possuímos dois grandes cases de sucesso; nos departamentos Comercial e Financeiro. Os quais tiveram sua implantação embasada nos melhores princípios e metodologias de gestão, além de contar com automações que permitem uma assertividade fantástica, deixando tudo perceptível aos ‘nossos radares’. É através do uso da tecnologia em conjunto com a inteligência e disciplina dos nossos colaboradores, que conseguimos fazer com que a Tertech possua processos precisos e principalmente, enxutos.”
Questionado também sobre os impactos do momento atual em seu setor, o Tiago comenta que percebe um entrave geral; com todos os setores e portes de empresas sendo afetados. Sobre a Tertech, ele diz: “Apesar de termos uma linha de produtos muito específica, desde o início buscamos acompanhar o faturamento por cliente, por ramo de atividade destes clientes e pelo segmento de atuação, assim conseguimos construir uma carteira considerável e mais ‘pulverizada’, o que faz com que estejamos sendo afetados de uma forma menos significativa agora.”
Ou seja, Preparação ao invés de Reação.
Tiago acredita que o grande diferencial das empresas que estão conseguindo se manter e até mesmo crescer neste momento, é a qualidade do atendimento prestado – não somente, mas principalmente:
“Estamos passando por um momento de muita carência então sai na frente quem oferece um atendimento acolhedor, prestativo, ágil; quem busca entender e atender as reais necessidades do seu cliente.”
Tiago acredita ainda, que as pessoas e empresas estão dispostas a pagarem preços superiores por isso: “Está havendo um movimento de mercado muito intenso, onde todos buscam fornecedores com soluções mais atrativas, porém isso não significa comprar algo mais barato, mas com o maior valor agregado possível.”
E ainda reforçou que; por “atendimento” entende-se tudo o que decorreu desde o momento do primeiro contato com o cliente, até a avaliação do produto/serviço final entregue. Logo, não basta ser acolhedor, ágil e solícito só no momento da venda.
Desafios, Aprendizados e Futuro
Para fechar com chave de ouro, 3 perguntas:
1. Qual você acredita ser o principal desafio/problema da comunidade empresarial local?
“Considero que o fator mais desafiador é pensar coletivamente e trabalhar em conjunto. No entanto, as diretrizes da União estão desencontradas com as dos Estados e estes com as dos seus Municípios… além de todos estes conflitos políticos, também ocorre uma injustiça nos acordos entre os sindicatos (Patronais X Trabalhistas), pois cada um busca apenas seus próprios interesses, não pensando no coletivo e na sustentabilidade do todo o sistema.”
2. Um aprendizado.
“Precisamos levar muito a sério a construção do Planejamento Estratégico das nossas empresas e vidas pessoais; considerando todas as nossas fraquezas e ameaças com profundidade de análise e gerando planos de ação a partir disso. Temos a obrigação de estar preparados para enfrentar qualquer crise que possa vir pela frente, no entanto, estas devem estar previstas em nossas ameaças.”
3. Qual a sua perspectiva para o futuro? Da Tertech e do mercado como um todo.
“Pretendemos continuar crescendo, e este crescimento só será possível com a implantação de novas tecnologias para a automatização e otimização dos processos, pois o mundo mudou e agora necessitamos ser muito mais tecnológicos, digitais e super produtivos para suportar este NOVO MUNDO. Em algum momento haverá a retomada da economia, podendo ser mais ou menos expressiva do que esperamos, porém uma coisa é certa, o comportamento de compra nunca mais será o mesmo. Esta pretensão que possuímos, é algo que todos deverão se enquadrar, ou estarão fora do mercado – empresas fecharão suas portas e pessoas não conseguirão se recolocar no mercado de trabalho. Em todas as crises existem oportunidades, e é nisto que devemos dedicar nossa energia.”
O Tiago, e a Tertech, são nossos clientes e parceiros de negócio desde o início, mais especificamente desde 2018.
Acompanhamos e fizemos parte do crescimento dessa empresa – o que é motivo de orgulho e gratidão para nós – e por isso resolvemos montar esse Case; para compartilhar um pouco da visão, experiência e técnicas de gestão da Tertech.
Como o próprio Tiago mencionou no momento em que propus essa dinâmica: “acredito que toda a contribuição positiva que podemos agregar para as outras pessoas, sempre retornará para nós mesmos lá na frente”.
E então, o que você achou desse material? Já conhecia a Tertech? Compartilha dos pontos de vista expostos aqui? Deixe um comentário!
