Indústria 4.0: o que é preciso saber sobre o tema?

A indústria 4.0 é um movimento, também conhecido como quarta revolução industrial. A principal característica da Indústria 4.0 é a ampliação do uso da tecnologia para melhorar constantemente as operações, minimizando atividades manuais e pouco inteligentes.

Devido à sua relação íntima com conectividade, data science, inteligência artificial, big data, IoT, machine learning, trata-se de um fenômeno abrangente nas empresas. Ele modifica a maneira como as máquinas se comunicam e usa as informações para melhorar o processo produtivo, deixando-o mais rápido, econômico e autônomo.

Entenda mais a seguir!

A indústria 4.0 no Brasil

A indústria 4.0 ainda se encontra nas etapas iniciais no Brasil. De modo geral, as empresas ainda se encontram atreladas aos modelos convencionais de produção, ainda muito dependentes da intervenção de pessoas e de processos manuais.

Dentre os principais esforços para agilizar as mudanças está a criação de um centro de estudos e pesquisa voltado para a indústria 4.0.

A indústria 4.0 irá se instalar gradualmente nas organizações. Uma pesquisa feita pela FIESP, em 2018, revela que o nível de conhecimento sobre este novo “modelo” está em constante crescimento.

Segundo a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a adoção de tecnologias relacionadas a quarta revolução industrial acontecerá aos poucos. Espera-se que, em 10 anos, cerca de 15% das organizações que atuam no setor de manufatura já apresentem o conceito 100% integrado às suas atividades.

Para confirmar a relevância da indústria 4.0, vamos apresentar outros números significativos coletados por instituições sérias:

As principais tecnologias da indústria 4.0

Agora, vamos conhecer as principais tecnologias que permitem o cenário da quarta revolução industrial:

IoT

A Internet das Coisas é uma das mais importantes tendências que contribuem para promover a indústria 4.0. Por meio da IoT, é possível efetivar a maior parte da automação de chão de fábrica. Por meio de sensores e sistemas, e também de recursos de comunicação, os gestores podem monitorar os processos com profundidade, avaliando a performance em cada fase e em tempo real.

Computação na nuvem

A computação na nuvem (cloud computing) cresce de forma surpreendente. O conceito conquistou um nível bastante elevado nas empresas, ajudando na melhoria de custos com o setor de TI, armazenamento de dados e comunicação. A computação na nuvem permite que as empresas fiquem mais virtualizadas. É uma ferramenta estratégica que oferece escalabilidade, mobilidade e segurança nos processos.

Big data e analytics

Atualmente, as empresas geram um elevado volume de dados, que são valiosos para que os negócios tenham sucesso. A necessidade de armazenar e analisar esses dados tornaram o big data e o analytics duas ferramentas essenciais na indústria 4.0.

Cada dado, esteja ou não estruturado, apresenta potencial para criar algo produtivo para a empresa. Isso se torna possível graças ao uso de recursos mais avançados de coleta, análise, armazenamento e estruturação. Desse modo, os dados se transformam em informações que ajudam na geração de insights importantes para as decisões.

Cobots

Os cobots são robôs que colaboram com as pessoas, trabalhando em conjunto com elas, otimizando atividades manuais que não podem ser automatizadas por completo. Por exemplo, já foi testada uma ferramenta que se acopla ao braço humano e melhora o desempenho do profissional em tarefas manuais.

Digital Twin

Trata-se do “gêmeo digital”, uma tecnologia com capacidade para criar simulações em diferentes tipos de projetos, desde um automóvel até a turbina de uma aeronave. A ferramenta simula, de modo econômico e preciso, as etapas de cada processo, analisando a viabilidade, as falhas, as vulnerabilidades e todas as questões informativas que um protótipo ofereceria aos desenvolvedores do projeto. As simulações virtuais possibilitam o teste sem a necessidade de consumir mais recursos, seja na forma de dinheiro, seja em aparelhagem técnica.

Os impactos da indústria 4.0

A indústria 4.0 revoluciona a forma de trabalho, estimulando a adoção de sistemas inteligentes. Podemos citar alguns impactos resultantes dessa revolução:

  • potencial operacional melhorado: é resultado da coleta e tratamento de dados realizados de maneira instantânea, promovendo tomadas de decisões acertadas em tempo real (o conceito de “fábrica inteligente” está associado ao de indústria 4.0 e refere-se a um ambiente de trabalho totalmente digitalizado, no qual os dados são coletados e compartilhados por meio de máquinas e sistemas de produção conectados);
  • descentralização do trabalho: consiste na ideia de que a própria máquina pode tomar decisões devido ao fato de se auto-ajustar às diferentes situações e, assim, conseguir realizar uma análise do ambiente em tempo real e oferecer informações sobre o ciclo de produção;
  • modularidade: é possível acoplar e desacoplar módulos conforme as necessidades da fábrica, o que permite mais flexibilidade na mudança de tarefas.

Como consequência, as modificações tendem a influir em todo o mercado, porque vão alterar a entrega dos resultados aos clientes. As fábricas inteligentes podem desenvolver produtos customizados que atendam às necessidades dos clientes, deixando-os satisfeitos com o serviço que foi oferecido.

Os profissionais precisam se qualificar para se ajustar à nova realidade do mercado, na qual as atividades repetitivas e/ou feitas manualmente, ficam cada vez mais descartáveis. Haverá uma alta demanda por mais pesquisas na área tecnológica, o que proporciona diferentes oportunidades para os profissionais com qualificação.

As vantagens da indústria 4.0

As empresas podem usufruir de muitas vantagens ao adotar as tecnologias da indústria 4.0, como:

  • aumento da competitividade;
  • crescimento da eficiência;
  • redução de imprevistos e erros;
  • promoção da inovação;
  • redução de custos;
  • aumento da segurança;
  • trabalho à distância (trabalho remoto);
  • decisões mais acertadas;
  • transparência nos negócios.

A empresa e os profissionais atuais precisam se adequar à indústria 4.0 para garantir a competitividade no mercado moderno, que está cada vez mais concorrido e dependente da tecnologia, com consumidores mais esclarecidos e exigentes.

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