planejamento estratégico para franquias

Como fazer um planejamento estratégico para franquias

O planejamento estratégico para franquias é fundamental para evitar o encerramento precoce das atividades.

Como aponta um estudo realizado pelo Portal do Franchising, existem 5 razões que levam uma franquia a fechar, todos relacionados a aspectos estratégicos.

A única maneira de contornar esses obstáculos é tratar deles antes que venham a surgir.

Essa é a base do planejamento estratégico, que serve para as franquias da mesma forma que às empresas convencionais.

Neste conteúdo, você vai entender como elaborar um plano que dê conta dos principais desafios enfrentados pelos empreendedores franqueados.

Continue lendo e some mais esse conhecimento à sua carreira.

Qual a diferença do planejamento estratégico para franquias?

Na prática, o planejamento que se faz para uma franquia não difere muito do que se observa em outros tipos de empresas.

Ou seja, ele deve contemplar as mesmas questões que são antecipadas por qualquer gestor, tendo em vista que uma franquia também está exposta a riscos.

Aliás, talvez o menor grau de exposição às ameaças seja o principal diferencial das franquias, que se tornaram atrativas justamente por esse fator.

Faz sentido, afinal, uma empresa franqueada replica um modelo de negócios já bem sucedido, levando ao consumidor soluções de marcas já reconhecidas no mercado.

Ainda assim, isso não quer dizer que as franquias estejam imunes aos problemas enfrentados por um negócio em seus primeiros passos.

É igual ao planejamento estratégico para pequenas empresas?

Sim, o planejamento estratégico para franquias é muito parecido com o que se faz para pequenas e médias empresas (PMEs), até porque a maioria se enquadra nesse modelo.

Abrir uma franquia é a mesma coisa que começar um novo negócio, mesmo considerando o uso de uma marca já consolidada.

Por mais conhecida que ela seja, ao entrar em um novo mercado, será necessário lidar com os mesmos desafios que seriam enfrentados por um negócio qualquer.

Isso sem contar que, no mundo dos negócios, ninguém está 100% imune a problemas como falta de clientes, impostos e falta de segurança, entre outros.

Assim sendo, uma franquia precisa ser muito bem planejada para que os resultados sejam tão bons quanto os das empresas que já exploram esse modelo com sucesso.

Como fazer o planejamento estratégico em franquias?

Planejar é como desenhar um mapa para se chegar a um destino pretendido. Com as franquias acontece o mesmo.

Porém, não serve qualquer mapa nem qualquer desenho. Para que o planejamento estratégico seja efetivo, é preciso um mínimo de qualificação e as ferramentas certas.

Na parte de se qualificar, você já está dando um passo nessa direção, lendo este conteúdo.

Aliás, uma outra maneira de elaborar um planejamento campeão é contar com softwares que permitam gerir os principais indicadores de performance de um negócio.

Nesse aspecto, o Scoreplan é uma solução indicada, em razão dos resultados que vem proporcionando às empresas que o utilizam.

Que ferramentas podem ajudar na parte estratégica?

Além do Scoreplan, existem uma série de soluções (algumas indispensáveis) que você pode aplicar ao planejar a abertura de uma franquia.

A propósito, algumas delas você encontra na plataforma Scoreplan.

Lembrando que, para algumas franquias, é obrigatório para ser franqueado a apresentação de um plano construído com esses recursos.

Confira então na sequência quais ferramentas vão ajudar você a definir a melhor estratégia.

Canvas

O Business Model Canvas, ou apenas modelo Canvas, é certamente uma dessas ferramentas obrigatórias para quem começa um negócio. 

Com ele, o empreendedor esquadrinha todos os elementos fundamentais, antecipando os recursos e medidas necessárias para iniciar com o mínimo necessário. No total, o Canvas prevê 9 itens:

  • Relacionamento: item no qual a empresa define a estratégia e os meios com os quais deverá se relacionar com seus clientes
  • Canais: os locais com que a empresa entrega valor, podendo ser de vendas, comunicação e de distribuição
  • Oferta de Valor: o que a empresa oferece de benefícios e vantagens para seus clientes
  • Segmento de Clientes: em que a empresa define o perfil de seus clientes, ou seja, o público-alvo, de preferência com o uso de uma persona
  • Fontes de Renda: os meios de pagamento usados para a entrega de valor, podendo ser por mensalidades, pagamento à vista, a prazo ou assinaturas, entre outros
  • Estrutura de Custos: item no qual a empresa lista todos os custos necessários para o negócio funcionar
  • Atividades-Chave: o grupo de atividades indispensáveis para a empresa se manter ativa
  • Recursos-Chave: todos os ativos necessários para a operação da empresa
  • Parcerias-Chave: todos os parceiros, fornecedores e empresas terceirizadas que apoiam a empresa

Tripé missão, visão, valores

Assim como na vida somos orientados por propósitos, com as empresas deveria acontecer o mesmo. 

Nesse sentido, a melhor maneira de dar uma direção para os negócios é definir o tripé missão, visão e valores no qual:

  • Missão: aquilo que a empresa entende ser o seu papel no mercado (Exemplo: ajudar as pessoas de forma ética em suas atividades profissionais)
  • Valores: o que a empresa considera sua “mola propulsora” (Exemplo: ética, respeito, solidariedade, entre outros)
  • Visão: o que a empresa projeta para o futuro (Exemplo: ser a referência e líder mundial em gestão de projetos) 

Análise PESTEL

Já a análise PESTEL serve para identificar os riscos a que um negócio está sujeito, identificando potenciais ameaças que venham das seguintes fontes:

  • Política
  • Economia
  • Social
  • Tecnologia
  • Ecológica
  • Legal
Modelo de análise pestel

Matriz BCG

A matriz BCG consiste em um quadrante, no qual o eixo vertical aponta para a possibilidade de crescimento de um produto/serviço e o horizontal para a sua participação no mercado.

Dependendo de onde a solução se encontre nesse quadrante, ela será classificada como:

  • Interrogação: soluções com baixa participação, mas com potencial de crescimento
  • Estrela: soluções com alta participação e alto potencial de crescimento
  • Vaca leiteira: soluções com alta participação e baixo potencial de crescimento
  • Abacaxi: soluções com baixa participação e baixo potencial de crescimento

Matriz Ansoff

No caso da matriz Ansoff, o objetivo é definir a estratégia de atuação da empresa, posicionando seu objetivo em um quadrante, no qual o eixo vertical corresponde ao mercado e o horizontal ao produto. Em ambos, há duas linhas/colunas para definir os que já existem e os novos.

A partir dessa divisão, quatro estratégias podem ser definidas:

  • Penetração de mercado: a empresa busca aumentar sua cota de mercado
  • Desenvolvimento de mercado: o foco é a conquista de novos mercados com soluções já existentes
  • Desenvolvimento de produtos: a empresa continua explorando o mesmo mercado com novas soluções
  • Diversificação: a empresa entra em novos mercados com novas soluções

Metas SMART

Definir metas que sejam ao mesmo tempo possíveis e desafiadoras é por si só um desafio em certas empresas. Para ajudar nessa tarefa, o modelo SMART de definição de objetivos sugere que eles sejam:

  • S (Específicos)
  • M (Mensuráveis) 
  • A (Atingíveis)
  • R (Relevantes)
  • T (Temporais)
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Análise SWOT

Assim como a análise PESTEL, a SWOT também é usada para identificar riscos. A diferença é que a PESTEL foca apenas nos externos, enquanto a SWOT se volta também para as questões internas.

Ela também analisa o potencial de uma empresa a partir das oportunidades do mercado, sendo dividida em quatro itens:

  • S (Strengths): as vantagens competitivas da empresa (Interno)
  • W (Weaknesses): as debilidades que a empresa possa apresentar (Interno)
  • O (Opportunities): as oportunidades que o mercado abre (Externo)
  • T (Threats): as eventuais ameaças e riscos do mercado (Externo)

5 Forças de Porter

Para o professor Michael Porter, as empresas devem se concentrar em dois fatores para ter sucesso: a concorrência e os clientes. Nesse sentido, ele propõe a análise de um mercado a partir de cinco perspectivas, ou forças:

  • Ameaça de produtos substitutos
  • Ameaça de entrada de novos concorrentes
  • Poder de negociação dos clientes
  • Poder de negociação dos fornecedores
  • Rivalidade entre os concorrentes

Análise 360º

Nenhuma análise empresarial seria completa se o principal recurso, as pessoas, não fosse também avaliado.

Essa é a proposta da análise 360º, ser um instrumento de avaliação dos colaboradores, a fim de identificar possíveis gaps de formação e de competências nas equipes.

Ela pode ser feita em quatro etapas, veja a seguir.

Definição

Na fase inicial, a gestão da empresa/franquia define qual será o foco da avaliação. O ideal aqui é definir o que será avaliado conforme prioridades, podendo ser as competências do colaborador, suas soft skills ou seu “fit” em relação aos valores da empresa.

Elaboração da avaliação

Sabendo o que será avaliado, é hora de elaborar o questionário que servirá como base para avaliar cada colaborador. Vale, ainda, uma minuciosa revisão para detectar possíveis questões que possam ser acrescentadas, corrigir ou retirar as que já foram inseridas.

Aplicação

Uma vez definido o questionário de avaliação, é hora de aplicá-lo. Um modelo bastante utilizado é a escala de Likert, em razão da sua maior aplicabilidade em análises estatísticas.

Apuração dos resultados

A partir dos resultados, a gestão pode definir ações a serem tomadas, como novas rotinas de treinamento ou realocação de colaboradores para outros setores da empresa.

OKR

Amplamente utilizada pelas empresas do Vale do Silício, a ferramenta Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados-Chave) ajuda a definir metas considerando duas premissas:

  • “Eu vou” (meta)
  • “Medido por” (resultados-chave para o negócio)

Se tiver interesse, confira aqui no blog um artigo completo sobre OKR, no qual mostramos como definir metas utilizando esse modelo. 

Então, ficou claro como fazer um planejamento estratégico para franquias utilizando as principais ferramentas?

O mais importante é estar sempre atualizado em relação às principais técnicas e recursos utilizados pelas franquias de sucesso.

Um dos meios para facilitar essa tarefa são os softwares de OKR, sobre os quais a gente fala em um conteúdo feito para você, que busca a melhor estratégia para o seu negócio.

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