Não sabe como estruturar sua gestão financeira na crise? Veja dicas

Fazer uma boa gestão financeira na crise é essencial, porque é disso que uma empresa depende para sobreviver quando o mercado lhe impõe situações que fazem com que a empresa comece a ir mal das pernas. Com a economia global seriamente afetada pela recessão em virtude da pandemia de COVID-19, não resta alternativa que não seja “apertar os cintos”.

A propósito, o primeiro semestre do ano foi extremamente duro para algumas empresas, especialmente as que atuam em ramos mais sensíveis. É o caso das empresas ligadas a setores como turismo e entretenimento, algumas das quais não resistiram e decretaram falência em meio à crise.

Não queremos que você tenha que passar por uma situação tão extrema em sua empresa. Por isso, fique com a gente e saiba o que fazer para passar pela turbulência com o mínimo de dano. Vamos em frente?

Avalie o panorama interno e externo

Quando a fase é ruim, a primeira atitude a ser tomada é parar e olhar para o negócio, afim de entender seu posicionamento atual no mercado. Isso pode ser feito por meio de uma criteriosa análise dos contextos interno e externo. A simples, porém poderosa, matriz SWOT serve neste cadso como ferramenta, para identificar os fatores que podem influenciar seus resultados – para melhor ou para pior.

Fazer uma Análise SWOT ou, montar uma matriz SWOT, consiste em traçar um quadrante no qual você deverá elencar:

  • S — Strengths: as forças internas que sua empresa já tem à disposição – pontos fortes, no que vocês já são bons;
  • W — Weaknesses: as fraquezas e pontos nos quais seu negócio precisa melhorar;
  • O — Opportunities: as chances que o mercado pode oferecer, afinal, é nas crises que elas aparecem – oportunidades;
  • T — Threats, as ameaças geradas por esse mesmo mercado e pela concorrência. (Aqui, por exemplo, é onde você identificaria a crise econômica causada pela pandemia do coronavírus).

Renegocie seus débitos

Em um contexto de crise, a inadimplência tende a aumentar invariavelmente. No Brasil, um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) constatou que 76% das empresas brasileiras foram diretamente afetadas pelo coronavírus. Destas, 45% sofrem com o aumento da inadimplência.

Com números tão desfavoráveis, é temerário achar que as contas podem ser empurradas com a barriga, ou seja, deixadas para depois. O melhor a se fazer é aproveitar o espaço que as instituições financeiras dão para o ajuste de contas e, com isso, renegociar possíveis débitos. Dessa forma, sua empresa não só garante o bom nome na praça como evita que os juros compostos formem uma perigosa bola de neve de endividamento.

Outra prática interessante é negociar condições de pagamento com fornecedores. Se você mantém um bom relacionamento com eles, isso não será difícil, e pode ser crucial – já que uma condição de pagamento mais flexível, concedida diretamente pelo seu fornecedor, pode lhe garantir “crédito”, sem que haja a necessidade de buscar isso em instituições financeiras.

Intensifique o diálogo

“Em casa que falta pão, todos brigam e ninguém tem razão”. A expressão popular se aplica ao momento, já que, em boa parte das empresas, a redução nas receitas pode facilmente levar a conflitos. Por isso, o mais sensato é aproximar-se ainda mais de líderes e colaboradores, estreitando os laços de confiança e estimulando o feedback.

O diálogo é a melhor maneira de se evitar os nocivos efeitos da fofoca que, via de regra, prolifera em ambientes nos quais não há comunicação aberta. Outro efeito positivo é que, ao conversar mais, você também abre a oportunidade para que as pessoas expressem ideias por meio de brainstorming. Quem sabe uma dessas ideias não seja exatamente o que sua empresa precisa para se levantar?

Tenha um plano B, C (e D, se puder)

O cenário é de total e completa incerteza. Por isso, se você não é um guru das previsões, traçar apenas um plano acreditando em apenas um desenrolar e resultado final é bastante arriscado, já que provavelmente você será surpreendido e precisará refazer tudo. A alternativa é projetar mais de um cenário, traçando diferentes planos para eles.

Essa prática é bastante comum em empresas que possuem amplos processos de gestão orçamentária implementados. A prática de simulação de cenários prevê a projeção de pelo menos 3 cenários financeiros diferentes, a partir de cada plano orçamentário; um Otimista, outro Pessimista e um Realista. Fazer isso irá ajudá-lo a prever impactos negativos e positivos no seu negócio (em cada situação); possibilitando a criação de planos de contingência e aproveitamento de oportunidades.

Controle ainda mais o fluxo de caixa

Não há empresa que mantenha a saúde financeira em dia sem um controle adequado do fluxo de caixa, e isso não vale só para os períodos de crise. Ao fazer o controle do fluxo de caixa é possível ter uma visão mais precisa sobre o momento financeiro da empresa, a partir da visão diária, semanal ou mensal do movimento de entradas e saídas de dinheiro.

Sendo assim, procure controlar com ainda mais rigor o fluxo de caixa, você pode até descobrir práticas que prejudicam suas finanças, como a sempre condenável mistura de finanças pessoais e empresariais.

Contenha gastos e despesas

Outra medida praticamente obrigatória para empresas que passam por algum tipo de dificuldade é o corte de gastos. Nesse caso, o controle do fluxo de caixa junto às informações do Planejamento Estratégico, servirão de base para ajudá-lo a fazer cortes inteligente.

Como assim “cortes inteligentes”? Cortar custos e despesas sem fazer uma análise do real impacto disso; olhando para os objetivos estratégicos da empresas, seu core business e fluxo de caixa, pode não representar uma vantagem. Vejamos abaixo um exemplo utilizado pelo nosso parceiro Mauro Dávila – consultor com mais de 10 anos de experiência na área de Controladoria:

“… o que eu estou vendo é muitas empresas reduzindo custos, através da prática de demissão de funcionários, sem ter a mínima noção do quanto isso irá contribuir para melhorar o resultado, porque não tem a cultura ou não tem conhecimento das ferramentas que permitem tomar as decisões com segurança, através da projeção de resultado financeiro das suas ações. Inclusive, a prática da simples demissão aumenta os custos no curto prazo, por causa das indenizações, quando poderia ser mais interessante, financeiramente, optar pelas práticas de flexibilização de jornada de trabalho e remuneração que foram permitidas.”

Leia aqui a entrevista completa do Mauro.

Busque por outras fontes de receita

Igualmente recomendável em fases de instabilidade na economia (mas não somente) é buscar “dinheiro novo”. Qual tipo de cliente sua empresa poderia ter, mas ainda não consegue atrair/atender? Há algum produto ou serviço que está ao seu alcance oferecer, mas que ainda não está na sua prateleira? Estude bem suas possibilidades e, se possível, parta para novas frentes de atuação, não deixando jamais de cuidar do planejamento antes de avançar.

Essas novas fontes de receitas podem ser identificadas na Análise SWOT, através de uma avaliação aprofundada do quadrante “Opportunities”.

Temos visto muitas empresas se reinventando; digitalizando suas operações, afim de diversificar suas fontes de receita, atendendo as novas demandas do mercado. Muitas empresas ainda, precisaram mudar totalmente suas operações. Mas perceba que estas, são as que estão sobrevivendo e até mesmo prosperando em um ambiente dito “hostil”.

Use softwares e ferramentas de gestão orçamentária

Embora pareça um custo, é nos períodos de crise que investir em tecnologia pode virar o jogo ao seu favor. Afinal, softwares e ferramentas de gestão orçamentária como o Scoreplan por exemplo, ajudam empresas a redefinir suas matrizes de gastos e a estabelecer prioridades.

Você pode criar orçamentos respeitando diferentes planos e acompanhar o Previsto x Realizado. Assim, sua empresa responde às oscilações do mercado de forma ágil, fazendo monitoramento e replanejando com base no cenário.

As empresas que já tem um orçamento elaborado, tem a ferramenta necessária para projetar novos cenários e seus possíveis resultados (Ebitda, Lucro) com prováveis reduções de receitas e obrigatória redução de custos”. Mauro Dávila

Cuide da gestão financeira na crise e fora dela

Crises geram oportunidades, mas você não precisa esperar elas virem à tona para isso, concorda? Dessa forma, o ideal é cuidar da gestão em todos os seus aspectos também nas fases em que os negócios caminharem bem. Com isso, você ganha capacidade de se antecipar às instabilidades e de reagir acertadamente quando as coisas parecem não ter solução. Ou seja, a gestão financeira na crise começa fora dela, já que é na zona de conforto que mora o perigo. Pense à frente e você dificilmente será surpreendido. Veja aqui um case real,

Agora que você sabe o que fazer, o que acha de pedir uma demonstração da plataforma Scoreplan para o seu negócio? Surpreenda-se com nossa solução e conte com o apoio dela para sair da crise!

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