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O que é Business Agility e como o Planejamento Estratégico pode ajudar

Business Agility é um conceito que pode não só melhorar a performance como garantir a sobrevivência de uma empresa, tal como o planejamento estratégico.

Pense bem: quantas grandes corporações não sucumbiram à evolução do mercado, simplesmente porque não responderam às demandas do seu tempo?

Um bom exemplo disso é a Nokia, que um dia foi maior que a Apple, pelo menos no segmento de telefonia móvel.

Poderíamos estender ainda mais essa lista, destacando casos de empresas como a Kodak, Polaroid, Remington…mas certamente você já entendeu do que estamos falando.

Mais do que nunca, adaptar-se é vital e antecipar-se faz toda a diferença nos negócios.

Pois é para levar as empresas a esse patamar de eficiência que surgiu e vem se desenvolvendo a proposta ágil nos negócios.

Acredite, esse é muito mais do que um termo em inglês da moda.

Avance na leitura, descubra seu real significado e como implementar em suas rotinas.

De onde vem o Business Agility?

O termo Business Agility foi popularizado pelo agile coach australiano Evan Leybourn.

Ele é o fundador do Business Agile Institute, cujo foco é a disseminação de soluções e ideias baseadas em métodos ágeis desde 2016.

Ou seja, como conceito e método de trabalho e de mudança de mindset, o Business Agility é recente.

O que não é tão recente assim são suas bases metodológicas.

Se você se lembrou da metodologia ágil, saiba que a associação está correta, já que é dessa fonte que o BA “bebe” para se desenvolver.

Qual a diferença para a metodologia Ágil?

De certa forma, BA, método Agile e lean manufacturing são conceitos e metodologias complementares.

Por ser mais recente, o de Business Agility traz algumas novas abordagens.

A mais significativa delas e que a diferencia da metodologia Ágil é a sua proposta de ser um meio de mudança da cultura empresarial em todos os seus níveis.

Portanto, para que venha a ser efetivo, o BA precisa permear as práticas empresariais nos níveis estratégico, tático e operacional.

A metodologia Ágil, de certa forma, também tem uma proposta parecida, mas nela a aplicação é mais setorizada.

Por que devo considerar sua implementação?

Em um contexto de Transformação Digital, Internet das Coisas (IoT), economia compartilhada e Big Data, entre outros avanços, não dá para esperar acontecer.

Nesse cenário, surgem negócios disruptivos o tempo todo e, da noite para o dia, é possível que até mesmo empresas consolidadas tenham suas posições ameaçadas.

Além da questão da inovação e de ajudar a acompanhar o ritmo do mercado, o Business Agility também é uma forma de melhorar a comunicação, como veremos mais à frente.

Ele pode ser um meio de superar a sempre danosa prática de trabalhar em silos, na qual cada setor só cuida dos seus interesses, ignorando os outros.

Mas é claro, o BA não estaria em voga se não houvesse exemplos concretos de sucesso em sua implementação.

Quais os casos de sucesso com esse modelo?

No Brasil e no exterior, o Business Agility vem promovendo verdadeiras revoluções no modo de se fazer negócios.

Como já destacamos, embora se pareça muito com a metodologia Ágil, ele tem uma proposta mais abrangente, não focada apenas na parte tecnológica.

Outra característica dessa abordagem ágil é que as empresas que servem como exemplo da sua eficácia já nasceram com uma mentalidade alinhada a esse conceito.

Acompanhe na sequência de que forma elas fizeram isso.

Nubank

Sétima startup mais valiosa do mundo e terceiro unicórnio (empresa de valor bilionário) brasileiro, o Nubank já nasceu sob o signo da agilidade e disrupção.

Fundada em 2013 por Edward Wible, Cristina Junqueira e David Vélez, sua proposta desde então é muito clara: desburocratizar os serviços financeiros e revolucionar o mercado.

Um dos avanços trazidos pelo Nubank foi a eliminação das pesadas taxas para transferências TED e DOC.

O impacto foi tão grande que, hoje, até mesmo os grandes bancos vêm sofrendo sucessivas perdas, como mostra uma pesquisa da Transfeera.

Spotify

Na mesma linha de simplificação de serviços, o Spotify também provocou uma verdadeira revolução no mercado de música.

A empresa fundada em 2008 por Daniel Ek e Martin Lorentzon evoluiu a passos largos e, em um ano, já estava fazendo acordos com gigantes do segmento fonográfico como Universal Studios, Sony BMG e Warner Music.

Seu foco é oferecer streaming de música via aplicativo, no qual o usuário navega por gêneros musicais e autores sem a necessidade de downloads.

Outra característica que tornou o Spotify uma empresa disruptiva e conhecida é o método de trabalho por Squads, em que equipes multidisciplinares conduzem projetos.

Pixar

Outro bom exemplo de empresa que tem a agilidade em seu DNA, a Pixar não chega a ser uma empresa nova, já que foi fundada em 1979 como um braço digital da Lucasfilm.

No entanto, desde que foi comprada pela Disney em 2006, ela vem se agigantando no segmento audiovisual, e muito disso se deve à forma ágil como coordena pessoas e processos.

Portanto, a disrupção trazida pela Pixar é justamente inserir os métodos ágeis em um segmento em que aparentemente isso não faria diferença: a produção de animações.

Qual o papel da alta gestão?

Uma empresa só se torna Business Agility em seus processos quando todos os seus níveis assimilam o conceito.

Assim sendo, sua implementação é, necessariamente, top-down. Ou seja, é da alta gestão que devem partir as diretrizes para que o negócio como um todo se torne mais ágil.

O processo de mudança começa então no nível estratégico, em que sócios e líderes de alto escalão orientam os gestores intermediários quanto ao que fazer. É nesse momento que o BA passa para o nível tático.

Finalmente, quando gerentes e supervisores assimilam a nova forma de trabalhar, caberá a eles disseminá-la na linha de frente da empresa, onde estão os colaboradores da área operacional.

Como se estrutura o Business Agility?

Tal como outros conceitos que visam a excelência, o de Business Agility se configura quando a empresa estabelece uma base sólida para isso.

Portanto, não será em um passe de mágica que ele será implementado. Antes que uma empresa possa se considerar BA em todos os seus níveis, deverá estar pronta para assumir novas posturas e cumprir alguns requisitos.

Nesse caso, destacamos a seguir três elementos indispensáveis que caracterizam uma empresa ágil de verdade. Acompanhe!

Visão holística ou sistêmica

Um dos pontos fundamentais do BA é que, por ele, a empresa deixa para trás a visão ultrapassada de que cada setor é responsável apenas pelas suas atividades.

Como já destacamos, a prática de “silarizar” a empresa é danosa porque isola pessoas e setores.

Lógico que isso gera problemas, afinal, uma empresa é como um organismo e, como tal, seus órgãos precisam trabalhar em sinergia, não desconectados.

Dessa forma, da alta gestão aos colaboradores dos setores operacionais, todos precisam desenvolver a visão da empresa como um conjunto único, ainda que esse todo seja a soma de várias partes. 

Descentralização de processos

Chegamos ao ponto em que o planejamento estratégico assume uma relevância maior para que a empresa se torne efetivamente ágil.

Isso porque é por meio dele que ela deverá conduzir uma nova forma de organizar suas atividades, na qual os processos deixam de ser centralizados.

Um bom exemplo disso é o orçamento matricial, em que o setor financeiro deixa de ser o único responsável por revisar e aprovar os orçamentos de cada setor. 

Ainda que nesse tipo de orçamento a concentração de poder seja um risco, ele acaba por ser minimizado em função da flexibilidade que o mindset ágil pode trazer.

Escalabilidade

Um negócio escalável é aquele em que os avanços custam pouco e o retorno é exponencial.

Mas, para isso, é de grande importância que a empresa seja permeada por uma cultura colaborativa, em que a troca de conhecimento e experiência flui naturalmente.

Dessa forma, ela se habilita a explorar melhor todo o seu potencial, bem como a estabelecer parcerias que impulsionem seu crescimento.

Lembre-se: em Business Agility, o progresso é sempre baseado na cooperação e trabalho em equipe. Assim, a incorporação de novas soluções, processos e tecnologias tende a custar menos.

Que princípios a metodologia deve seguir?

Falamos há alguns tópicos da necessidade em formar uma base sólida para que o BA seja implementado.

Construir essa base, por sua vez, consiste na adoção de alguns princípios, em cima dos quais o negócio pode enfim se tornar escalável.

Confira na sequência!

Customer centric

Tal como a sua metodologia “mãe”, a Agile, em Business Agility a posição central do cliente como norteador das decisões é inegociável.

Por outro lado, como uma empresa pode ser tornar de fato customer centric em todos os seus níveis?

Primeiramente, investindo em treinamento e desenvolvimento de colaboradores, em especial os que estão em contato direto com o cliente final.

Eles deverão ser capazes de sentir empatia ao conhecer as necessidades de cada consumidor, podendo assim agir no sentido de satisfazê-las.

Melhoria contínua 

Ser BA implica assumir um compromisso com a melhoria contínua.

Um bom ponto de partida para isso é incorporar a metodologia Kaizen, que, por sua vez, pode ser implementada pelo ciclo PDCA:

  • P — Plan (planejar)
  • D — Do (fazer)
  • C — Check (verificar, acompanhar)
  • A — Act (agir para corrigir)

Integração

Também vimos anteriormente que uma empresa genuinamente orientada por BA é aquela em que prevalece a visão sistêmica do negócio.

Uma forma de se chegar a esse patamar na gestão é promover a integração dos setores, processo em que a tecnologia é imprescindível.

Vale, por exemplo, investir em sistemas ERP ou em desenvolver APIs que integrem diferentes softwares e sistemas.

Agilidade e desburocratização

Sempre vale ressaltar que Business Agility tem como principal referência a metodologia Ágil.

Um dos seus quatro princípios norteadores é justamente a priorização do produto em funcionamento sobre a documentação.

Ou seja, é mais importante solucionar a dor do cliente do que seguir protocolos rígidos de controle.

Assim, a empresa se torna ágil na sua essência, ao deixar para trás o apego aos trâmites burocráticos e dando, ao mesmo tempo, mais autonomia para seus colaboradores agirem.

Quais os benefícios ele traz?

Parece não restarem dúvidas quanto ao valor gerado pela implementação de BA em uma empresa.

Ele promove uma verdadeira mudança de paradigma, pelo qual o negócio passa a ser orientado por novas diretrizes que valorizam, sobretudo, os resultados.

Nunca é demais relembrar que, hoje, a concorrência não está só nas empresas que já disputam um mercado. 

Seu próximo concorrente pode estar nesse exato momento dentro de uma garagem ou em um quarto, falando com um futuro sócio por videochamada.

Diante de tanta imprevisibilidade, ser Business Agility é não só um caminho para o crescimento, como também uma medida preventiva contra empresas disruptivas.

Considerando essa vantagem, podemos então destacar pelo menos outras três. Veja a seguir.

Maior capacidade de resposta 

Imagine como ficaram as empresas de transporte privado convencionais quando o Uber chegou ao mercado.

É de conhecimento geral que, até hoje, muitas delas estão patinando, com sérias dificuldades para se manter lucrativas.

Se elas fossem mais ágeis em seus processos, talvez tivessem condições de dar uma respostas mais efetiva logo que o aplicativo foi lançado ou mesmo antes disso.

Não seria ótimo se sua empresa tivesse esse poder?

Sua empresa mais competitiva

Uma vez que uma empresa seja capaz de responder à altura os desafios impostos pela concorrência, ela será muito mais competitiva.

Perceba que não se trata apenas de reagir, mas de tomar a iniciativa de forma que as ameaças sejam neutralizadas antes de causarem danos maiores.

Comunicação mais fluida

Empresas com setores fechados em silos têm sérias dificuldades porque, nelas, a comunicação é sempre truncada.

Aderindo aos conceitos ágeis de gestão, ela dá um passo importante para eliminar barreiras à troca de experiências, já que a tendência é que os colaboradores tenham mais autonomia.

Onde entra o planejamento estratégico?

É lógico simples; ser Business Agility é um objetivo e, como tal, para que ele seja alcançado, é preciso planejar cada passo a ser dado.

Vimos ao longo deste conteúdo que a tecnologia tem um papel decisivo para sua implementação, assim como a participação ativa da alta gestão da empresa.

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