Já se foi o tempo em que o organograma era apenas um diagrama estático pendurado na parede da sala do RH.
Hoje, o organograma da empresa vai muito além de mostrar quem manda em quem.
Ele se tornou uma ferramenta estratégica para visualizar conexões, identificar gargalos, otimizar fluxos de trabalho e, principalmente, alinhar times e projetos aos objetivos do planejamento estratégico.
Siga com a gente nesse conteúdo e descubra como transformar o organograma em um aliado poderoso da gestão moderna.
O que é um organograma empresarial?

O organograma empresarial é uma representação gráfica da estrutura organizacional de uma empresa. Em outras palavras, ele mostra como as áreas, departamentos e cargos se conectam.
Mas aqui vai o pulo do gato: o organograma não deve ser apenas uma foto estática da hierarquia.
Ele precisa refletir as relações estratégicas entre setores, equipes e lideranças.
Ou seja, mais do que mostrar quem responde a quem, o organograma deve evidenciar como as diferentes partes da empresa trabalham juntas para alcançar as metas do planejamento estratégico.
Empresas inovadoras já estão usando organogramas dinâmicos que se atualizam conforme os projetos, os times ágeis e as prioridades mudam.
Afinal, o mercado não para, e sua estrutura também não deveria.
Benefícios do organograma para grandes empresas
Se você trabalha com orçamento, projetos, RH ou estratégia, provavelmente já sentiu na pele os desafios de comunicação entre áreas, sobreposição de funções e aquela clássica pergunta: “Afinal, quem é responsável por isso?”.
Um organograma de empresa bem estruturado ajuda a resolver esses problemas.
Veja alguns dos benefícios mais relevantes:
- Visibilidade organizacional: todos entendem melhor como a empresa funciona e quem faz o quê.
- Alinhamento de times e projetos: facilita a integração entre áreas, reduz ruídos e aumenta a colaboração.
- Identificação de gargalos: se há equipes sobrecarregadas ou áreas com funções mal distribuídas, o organograma evidencia.
- Melhoria da comunicação: ajuda a estruturar os fluxos de informação e a tornar as reuniões mais objetivas.
- Apoio à gestão de mudanças: em fusões, aquisições ou reestruturações, ter um organograma atualizado é essencial para visualizar os impactos.
Quer entender mais sobre os diferentes formatos de estrutura organizacional? Clique aqui e confira nosso conteúdo sobre Tipos de estrutura organizacional.
Tipos de organograma e quando usar cada um

Agora que já entendemos o porquê de ter um organograma bem definido, vamos a como estruturar o modelo mais adequado para sua empresa.
Afinal, o tipo de organograma que você escolhe influencia na clareza das funções, na comunicação entre equipes e na agilidade na tomada de decisões.
Existem diversos formatos, cada um com características próprias que atendem a diferentes modelos de gestão e níveis de complexidade organizacional. Vamos detalhar os principais modelos de organograma:
1. Organograma hierárquico:
É o formato mais tradicional e conhecido. Visualmente, lembra uma pirâmide, com a liderança no topo e os demais níveis distribuídos abaixo, de forma escalonada.
É ideal para empresas com estrutura bem definida e cadeias de comando claras, onde a autoridade e a responsabilidade seguem um fluxo vertical. Costuma ser o modelo mais usado em indústrias, empresas públicas e organizações com grande número de colaboradores.
2. Organograma funcional:
No organograma funcional, a divisão é feita por funções ou especializações, como Marketing, Vendas, RH, Operações e TI. Cada área tem um gestor responsável e as linhas de reporte são baseadas nas atividades desempenhadas.
Ele é bastante eficiente para empresas que valorizam a especialização técnica e desejam maximizar a eficiência de cada departamento. Um cuidado importante é evitar que a divisão funcional crie silos de comunicação.
3. Organograma matricial:
Mais complexo, o organograma matricial combina duas estruturas ao mesmo tempo: geralmente, a funcional e a de projetos ou produtos. Isso significa que um mesmo colaborador pode responder a dois gestores: um responsável pela área funcional e outro pelo projeto em que ele atua.
É muito usado em empresas que gerenciam múltiplos projetos simultâneos, como consultorias, empresas de engenharia, tecnologia e inovação. A grande vantagem é a flexibilidade e o foco em resultados, mas é preciso atenção para evitar conflitos de autoridade.
4. Organograma circular:
O organograma circular quebra com a lógica hierárquica tradicional e coloca a colaboração e a interdependência entre áreas no centro. Nele, a alta liderança costuma ocupar o núcleo central, com os demais setores organizados em círculos ao redor.
Esse formato transmite a ideia de que todos os níveis estão conectados e são igualmente importantes para o alcance das metas. É bastante utilizado por empresas com cultura organizacional horizontal, metodologias ágeis ou foco em inovação.
Cada modelo tem suas vantagens e limitações. A escolha ideal depende do porte da empresa, do estágio de maturidade organizacional, da cultura interna e do nível de complexidade dos projetos e processos.
Quer uma visão mais aprofundada sobre cada modelo e dicas práticas para montar o seu? Acesse este artigo de referência: Tipos de Organograma: conheça os principais e aprenda a montar.
Como transformar o organograma em uma ferramenta estratégica
Agora vem a parte mais interessante: como fazer o organograma trabalhar a favor da sua gestão estratégica? A resposta está na integração com os KPIs e metas da empresa. Um organograma estratégico precisa ser dinâmico, interativo e alinhado aos objetivos corporativos. Algumas boas práticas:
- Atualize constantemente: mudanças de equipe, novos projetos ou reestruturações devem refletir imediatamente no organograma.
- Conecte o organograma aos indicadores estratégicos: assim, fica claro como cada área contribui para os resultados.
- Use ferramentas digitais que permitam personalização e interação: nada de PDF desatualizado guardado no servidor.
- Inclua o organograma nos rituais de planejamento: seja nas reuniões de acompanhamento, nos ciclos de OKRs ou nos desdobramentos de metas.
Em resumo, um organograma estratégico não é apenas um desenho bonito ou um documento formal.
Ele precisa ser uma ferramenta viva, que evolui junto com a empresa e serve como um mapa visual da estratégia em ação.Quando bem integrado aos KPIs e ao planejamento corporativo, o organograma se transforma em um aliado forte para garantir que pessoas, estruturas e metas caminhem na mesma direção.
O papel do RH, consultores e gestores na manutenção do organograma

Transformar o organograma em uma ferramenta estratégica não é tarefa de uma pessoa só. É um trabalho de equipe, literalmente. A responsabilidade pela atualização e uso inteligente desse recurso precisa ser compartilhada de forma estruturada entre diferentes atores da empresa.
- RH: o RH é o guardião oficial da estrutura organizacional. Sua missão vai além de apenas atualizar promoções, movimentações internas ou novas contratações. O RH precisa garantir que o organograma reflita fielmente a realidade atual da empresa, inclusive com as relações de reporte, estruturas temporárias (como squads ou comitês) e projetos transversais. Além disso, cabe ao RH integrar o organograma aos demais sistemas de gestão de pessoas, como plataformas de avaliação de desempenho, trilhas de carreira e planejamento sucessório.
- Gestores: os líderes de cada área têm um papel fundamental como “sensores locais” da organização. São eles que percebem primeiro quando uma estrutura já não reflete mais a dinâmica real do time. Cabe aos gestores sinalizar essas mudanças para o RH, sugerir ajustes e, sempre que possível, alinhar a estrutura à estratégia da área. Por exemplo: se uma equipe está crescendo por conta de um novo projeto estratégico, o gestor deve garantir que essa expansão esteja refletida no organograma.
- Consultores estratégicos: quando a empresa conta com apoio externo, como consultorias de gestão ou de estrutura organizacional, esses profissionais podem ir além da atualização operacional. Eles analisam o organograma como um instrumento de diagnóstico organizacional. Isso significa olhar para ele e enxergar gargalos de liderança, excesso de camadas hierárquicas, sobreposição de funções ou até mesmo oportunidades de ganho de eficiência. Um organograma bem analisado pode revelar, por exemplo, onde estão os nós críticos que dificultam a execução da estratégia.
Essa colaboração entre RH, gestores e consultores garante que o organograma da empresa não vire apenas um documento estático e obsoleto guardado numa pasta esquecida. Pelo contrário: ele se transforma em uma ferramenta viva, que acompanha a evolução da empresa, orienta decisões e fortalece a gestão estratégica de pessoas.
Ferramentas para criar e manter o organograma
Se a ideia é ter um organograma dinâmico, interativo e alinhado à estratégia da empresa, escolher a ferramenta certa faz toda a diferença.
Um bom software de organogramas não deve apenas facilitar o desenho da estrutura: ele precisa permitir atualizações rápidas, colaboração entre diferentes áreas e integração com outras plataformas corporativas, como sistemas de RH, planejamento estratégico ou BI (Business Intelligence). Veja algumas opções populares entre grandes empresas:
- Canva: intuitivo, com interface amigável e voltado para usuários que precisam criar apresentações visuais com rapidez. Ideal para reuniões pontuais ou quando o objetivo é comunicar uma mudança de forma simples e visualmente atrativa. No entanto, o Canva pode ter limitações em termos de integração com sistemas mais robustos.
- Miro: perfeito para times ágeis que valorizam a colaboração em tempo real. O Miro permite que várias pessoas editem o organograma simultaneamente, além de incorporar comentários, links e fluxos de trabalho visuais. É uma escolha interessante para organizações que trabalham com metodologias como OKR, Scrum ou Kanban.
- Lucidchart: uma das ferramentas mais completas para criação de diagramas complexos. Permite adicionar várias camadas de informação, como indicadores de desempenho, relações matriciais e fluxos de aprovação. Também oferece integração com ferramentas corporativas como Slack, Microsoft Teams, Salesforce e plataformas de BI.
- Venngage: focada em visualizações criativas e personalizadas. Muito usada por equipes de comunicação interna ou RH quando o objetivo é engajar colaboradores por meio de organogramas com design diferenciado. Embora não seja tão técnica quanto o Lucidchart, a Venngage é excelente para apresentações visuais de alto impacto.
Dica estratégica: antes de escolher, avalie o porte da sua empresa, a frequência de atualizações necessárias e o nível de integração desejado com outros sistemas.
Empresas com alta rotatividade ou com projetos em constante mudança vão se beneficiar muito mais de ferramentas que ofereçam atualização colaborativa em tempo real.
Já para aquelas que buscam uma visão mais analítica da estrutura organizacional, a integração com dashboards de gestão e indicadores estratégicos pode ser um diferencial decisivo.
O organograma empresarial como ferramenta viva de gestão
Mais do que um simples diagrama de cargos, o organograma empresarial é uma peça-chave para garantir alinhamento, comunicação eficiente e decisões estratégicas baseadas em dados reais.
Se bem construído e mantido, ele se torna um mapa vivo da sua empresa, ajudando a identificar oportunidades, corrigir distorções e conectar melhor as pessoas aos resultados.
Nossa dica final: Não espere por uma reestruturação para olhar para o organograma. Faça dele uma rotina de gestão.
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