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Planejamento Estratégico: não é mais um diferencial e sim uma necessidade

Para que um negócio alcance o sucesso, é preciso que várias partes da mesma engrenagem andes juntas. “Peças” como uma boa liderança, colaboradores de alto nível técnico, engajamento das equipes e, claro, um ótimo planejamento estratégico são fundamentais para uma empresa chegar onde deseja.

Hoje, é unânime dizer que o planejamento estratégico é uma ferramenta empresarial que, mesmo entendida apenas como um diferencial há algumas décadas, passou a ser uma necessidade. É fato que uma organização que não investe em planejar de forma estratégica a sua jornada automaticamente está ficando para trás.

Seja uma empresa pequena, média ou de grande porte, ela precisa fazer um planejamento estratégico antes de se aventurar em novos projetos. Planejar os próximos passos e executá-los bem garante uma vantagem competitiva, independentemente do ramo.

Por conta da importância desse assunto, preparamos este conteúdo completo sobre a importância do planejamento estratégico para o seu negócio, mostrando seus benefícios, os principais pontos para colocar em prática e como se planejar pode contribuir em meio a um cenário econômico incerto para 2023. Siga lendo para conferir!

O que é planejamento estratégico?

De forma geral, podemos dizer que o planejamento estratégico é a ferramenta de gestão que orienta a empresa em todas as suas atividades, servindo realmente como um mapa para saber se um negócio está ou não indo na direção correta, ou seja, alcançando seus objetivos definidos.

Para criar um planejamento estratégico, não se trata de uma tarefa tão simples, já que exige a análise de cenários internos e externos, a definição de objetivos e metas, o planejamento das ações, entre outros pontos. No entanto, sem ele dificilmente a empresa realizará seus sonhos.

Para tornar o entendimento mais fácil, vamos a um exemplo. Imagine que a sua empresa é um grupo de estudantes universitários de engenharia mecânica que estão competindo em uma olimpíada universitária de robótica e que a primeira etapa é estadual.

Dessa forma, o líder do grupo junto com o professor responsável definem que o objetivo em longo prazo é ganhar a etapa nacional. Para isso, é preciso vencer as etapas estadual e por região do país.

Para chegar lá, serão necessários materiais, estudos, encontros e muita dedicação, fatores que vão ajudar na atuação do time. Mas para que a equipe alcance o maior objetivo, é preciso antes alcançar os menores objetivos e cumprir as tarefas do dia a dia, porque será isso que os levará à meta de longo prazo. Apenas se planejar e executar um passo de cada vez o time poderá ser campeão nacional.

Ficou mais claro? Antes de passarmos para o próximo tópico, vale reforçar que, mesmo que a sua empresa ainda seja pequena, ela se beneficiará enormemente de um planejamento estratégico bem feito, assim como grandes conglomerados se beneficiam.

Qual a importância do planejamento estratégico?

Há muitas razões para se falar da importância do planejamento estratégico dentro de um negócio. Para começar, se a empresa busca crescer de forma sustentável, não é possível deixar de lado o planejamento. Afinal, não basta crescer, é preciso crescer mantendo a qualidade, as contas em dia, fazer a utilização de recursos correta, etc.

Ao planejar, torna-se possível evoluir com organização e estratégia, já que se tem um direcionamento das ações, tendo como base, por exemplo, informações importantes como o conhecimento do público-alvo e a análise das tendências de mercado.

Por servir como uma bússola, o planejamento estratégico é um instrumento, tanto para os colaboradores quanto para os líderes, que mostra onde a empresa quer chegar e quais serão os prováveis percalços no caminho. Dessa forma, possibilita uma gestão mais eficiente dos recursos.

Isso porque, quando se observa o que pode dar errado, é possível prever e prevenir problemas, o que acarreta a tomada de decisões mais assertivas, já que não se está “apostando no escuro”, mas sim em fatos, dados e informações concretas.

Além disso, o planejamento estratégico também ajuda a ter uma noção mais ampla de quanto tempo e dinheiro são necessárias em cada ação, o que facilita a gestão do negócio como um todo.

É importante investir em um planejamento também porque, ao se perceber que os resultados estão chegando, é possível mostrar aos times que o esforço de todos está sendo efetivo. Dessa forma, o sentimento de motivação aumenta e estimula os colaboradores a trabalharem com ainda mais garra.

Quais são os benefícios do planejamento estratégico?

Provavelmente você já percebeu que há muitos benefícios em se investir em um planejamento estratégico. Alguns deles são: maior previsibilidade, qualidade e produtividade. Por outro lado, quando não se dá a devida atenção ao ato de planejar, não é surpresa haver retrabalho, desperdício de recursos e tempo, e frustrações.

Há quem diga que o planejamento estratégico é tão importante para o sucesso ou insucesso de uma empresa que deve ser feito antes da sua criação, quando ainda paira nas ideias. Mesmo assim, há ainda no mercado quem não reconheça toda a sua relevância.

Por isso, decidimos trazer cinco grandes vantagens de se fazer um planejamento estratégico para o seu negócio. Confira a seguir:

Conhecimento das forças e fraquezas internas

Uma empresa é um organismo vivo, ou seja, deve ser visto como uma pessoa que possui suas características e personalidade. Assim como o autoconhecimento é fundamental para que um indivíduo tenha uma vida mais harmônica, a empresa deve saber onde é boa e onde não é.

Quando um negócio não tem uma identidade clara e definida, perderá tempo querendo ser como outras empresas (com a entrega de produtos e serviços que não condizem com a sua realidade), deixando de lado o seu diferencial, que é a sua essência.

Por isso, antes de definir quais serão os produtos/serviços e fazer altos investimentos, é indispensável conhecer quais são as forças (potencialidades) e fraquezas (deficiências) do negócio. Assim, é possível chegar a uma meta real e possível de ser cumprida diante do cliente e do mercado.

Identificação das oportunidades e ameaças externas

Se há benefícios em olhar para dentro da empresa, há vantagens também em olhar para fora da empresa. Isso porque, ao analisar com cuidado o cenário externo, é possível identificar diversas oportunidades de crescimento e atuação, seja dentro de um mês ou de um ano, para as quais serão desenvolvidos projetos e ações.

Com as ameaças externas identificadas, também. É possível criar estratégias para evitar prejuízos, como antecipação de crises e instabilidades econômicas. Assim, tendo a clareza das suas forças e fraquezas, bem como das oportunidades e ameaças, cria-se com uma base sólida a filosofia da organização (missão, visão e valores), ponto de partida para todo o caminho a ser percorrido.

Definição de objetivos e metas

Pode parecer óbvio, mas é algo sempre importante de ser lembrado: não se pode chegar a algum lugar sem saber qual é esse lugar. Não tem lógica, não é? Tanto na nossa vida quanto na vida de uma empresa. Por isso, a organização precisa saber responder onde ela quer estar dali três meses, um ano, cinco anos, dez anos…

Quanto mais clareza houver, mais fácil será chegar lá. Aqui, entram as metas e os objetivos, que são diferentes entre si. Os objetivos são mais abrangentes (aumentar o faturamento), enquanto a meta é específica (atingir o faturamento x). Dessa forma, primeiro se estabelecem os objetivos para então definir as metas.

É importante ter metas claras porque, como se trata de uma variável mensurável, é possível fazer o acompanhamento da sua evolução. Quando acontecer do progresso não estar indo como o desejado, pode-se intervir e traçar uma nova rota em menos tempo.

Melhor caminho

Pois é, não existe um caminho apenas para se chegar a um mesmo lugar. Entretanto, assim como um app de navegação ajuda a chegar antes no local onde queremos ir, o planejamento estratégico também mostra como chegar antes e com menos “trânsito”.

Sem traçar ações claras e estratégicas, compromete-se as metas e os objetivos, que podem ficar pelo caminho. Por isso, planejar traz uma garantia maior à empresa de ela chegar onde  quer chegar no menor tempo e com uma melhor utilização dos recursos, já que expõe os riscos de cada caminho e define prazo para cada ação que deve ser executada.

Para os mais impacientes, que podem pensar que o tempo utilizado para criar o planejamento estratégico é um desperdício de energia, é importante dizer que ele sem dúvida será inferior ao tempo desperdiçado com tentativas e erros.

Alinhamento da equipe de trabalho

Pode ser clichê, mas realmente “a união faz a força” também quando o assunto é fazer o planejamento estratégico dentro de uma empresa. Isso porque é importante que a liderança esteja aberta para ouvir os colaboradores, pois eles vivem o dia a dia da empresa e, por isso, têm conhecimento dos pontos fortes e fracos, sabendo na prática o que dá certo ou não.

Dessa forma, todas as áreas devem caminhar juntas, com os setores que atuam de forma operacional e estratégica unidos. Também é verdade que uma vitória quando comemorada em grupo se torna mais gostosa de ser vivida, assim como uma derrota compartilhada torna-se menos traumática e difícil.

Planejamento tático, operacional e situacional: quais as diferenças?

Como mostramos ao longo do artigo, o planejamento estratégico possibilita olhar a empresa de forma mais ampla. No seu desenvolvimento, é importante estabelecer quais tipos de ações serão feitas, essas que podem ser táticas, operacionais ou situacionais.

A seguir, entenda a diferença entre elas:

Planejamento tático: é voltado a um departamento ou processo específico, tendo como foco a liderança. Deve orientar decisões em médio prazo, com o estabelecimento de ações para 1 a 3 anos, com maior detalhamento.

Planejamento operacional: é voltado às tarefas a serem cumpridas, de forma que gerem sempre o menor impacto possível na equipe envolvida. Estabelece ações de curto prazo, entre 3 a 6 meses.

Planejamento situacional: é voltado ao momento atual da empresa e tem como característica se adaptar às mudanças da empresa.

Como fazer o planejamento estratégico da sua empresa para 2023?

Mesmo que 2022 ainda não tenha chegado ao fim, as empresas já devem estar de olho em 2023, especialmente para o planejamento estratégico para o próximo ano. Afinal, sabemos que quem se antecipa evita problemas e surpresas desagradáveis.

Por isso, para ajudar você nessa tarefa, vamos mostrar na sequência quais são as principais etapas para a realização do planejamento estratégico, como ele acontece na prática a partir de cinco fases. Acompanhe:

Etapa 1: Diagnóstico

Na primeira etapa, deve ser feita a análise SWOT (que na tradução para o português significa “forças, fraquezas, oportunidades e ameaças”). Internamente, o objetivo é trazer clareza para os pontos positivos e negativos da empresa. Sobre o contexto externo, analise-se o que pode vir a causar impactos bons ou ruins ao negócio, como aspectos políticos e econômicos.

Para resumir, a análise SWOT tem como principal objetivo mostrar qual é o seu diferencial no mercado, ou seja, o que diferencia o seu produto/serviço dos concorrentes. Assim, é possível ter maior clareza de como agir.

Etapa 2: Filosofia

A filosofia da organização nada mais é do que o propósito daquela empresa existir, ou seja, o porquê da sua existência. Aqui, entram missão, visão e valores.

A missão traduz os benefícios que a empresa quer entregar à sociedade. A visão considera como a organização se vê em longo prazo. Os valores são os princípios que norteiam a rotina corporativa. A partir disso, todo o planejamento estratégico a ser construído precisa estar alinhado à filosofia organizacional.

Etapa 3: Metas e indicadores

É o momento de definir as diretrizes estratégicas, ou seja, transformar os objetivos em metas possíveis de serem realizadas. Vale reforçar que metas pertencem à ordem operacional e devem sempre ser mensuráveis. Já os indicadores cumprem a função de monitorar os resultados.

Mesmo que pareça óbvio, a distribuição das metas e dos indicadores deve envolver todos os colaboradores, de todos os níveis. É muito importante que cada pessoa que faz parte da empresa tenha consciência da sua importância no atingimento (ou não) dos objetivos traçados no planejamento estratégico da organização.

Etapa 4: Planos de ação

É o momento de elaborar projetos e processos, os chamados planos de ação, que vão definir o passo a passo estratégico para alcançar as metas. Dessa forma, todo plano deve, além de definir ações, estabelecer quais são os colaboradores responsáveis por elas.

Um exemplo pode ser a diminuição dos gastos com a conta de luz. O chefe de manutenção pode ser o responsável por substituir lâmpadas antigas por LED, mais econômicas. É definido um orçamento e um prazo final. Feito isso, finalizada a tarefa, a empresa passará a economizar com energia elétrica. Ou seja, o plano de ação foi cumprido e a meta, alcançada.

Etapa 5: Controle e gestão

Você já deve ter percebido que o planejamento estratégico não é algo fixo e imutável. O aperfeiçoamento dos processos deve ser constante, sendo fundamental utilizar as informações colhidas a partir dos indicadores. Para isso, a recomendação é fazer reuniões regulares com líderes e equipe, momento que serve para analisar resultados, além de identificar e corrigir erros.

É claro que, em algum momento, falhas e imprevistos vão acontecer. Uma grave crise econômica ou mudanças de consumo do público-alvo são alguns exemplos, cada um deles demandando ajustes nos planos de ação. Em um mercado instável como o brasileiro, quem empreende não deve ter medo de mudar.

Cenário econômico de 2023 para o seu planejamento estratégico

Como citamos ao longo do artigo, é indispensável levar em consideração o cenário econômico na hora de fazer o planejamento estratégico da sua empresa. Por isso, ao planejar o 2023 do seu negócio, é importante ter em mente os principais eventos nacionais e internacionais que podem influenciar o seu negócio.

Falando a nível global, deve-se levar em consideração o impacto econômico provocado pela guerra na Ucrânia, que veio no momento em que o mundo começava a se recuperar dos efeitos colaterais da pandemia. O conflito, mesmo que em meio a “tréguas”, segue sendo um motivo de maior instabilidade econômica, assim como o temor por uma recessão da Europa em crise.

Em alguns países latino-americanos produtores de commodities, como o nosso país, a guerra fez com que houvesse o aumento de receitas exportadoras, o que colaborou para uma revisão positiva para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022. Dessa forma, o Fundo Monetário Internacional (FMI) ampliou a projeção de crescimento PIB brasileiro em 2022 para 2,8%, segundo estimativa do mês de outubro.

Com isso, o Brasil deve ultrapassar economias avançadas como a dos Estados Unidos (1,6%), Alemanha (1,5%), França (2,5%) e Japão (1,7%). A nova projeção do FMI para o desempenho da economia brasileira também fica acima dos índices estimados para os vizinhos sul-americanos Chile (2,0%), Paraguai (0,2%) e Peru (2,7%). Porém, para 2023, o órgão prevê um crescimento de apenas 1% para o nosso país.

Quando o assunto é inflação, as notícias são melhores do que o esperado: o FMI reduziu sua estimativa para a inflação no Brasil em 2022 de 9,4% para 6,0%, conforme o relatório de perspectiva econômica regional do hemisfério ocidental. Para 2023, o FMI manteve a previsão de 4,7% relativa ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Nesse sentido, de acordo com o último levantamento feito pela agência classificadora de risco de crédito Austin Rating, o Brasil tem a 4ª menor inflação dos integrantes do G20 em 2022. No acumulado de janeiro a setembro, registrou uma taxa de 4,1%. O percentual é maior somente que os do Japão (2,8%), Arábia Saudita (2,7%) e China (1,9%). A maior taxa pertence à vizinha Argentina, que chegou a 66,1%.

Já quando se trata de política, mesmo que os cenários de baixo crescimento ou de recessão, esperados para 2022, tenham sido transferidos para o ano de 2023, quem venceu nas urnas terá que lidar com uma economia instável e a provável alta do dólar, por conta das desconfianças dos investidores em relação à chamada “PEC da Transição”, entre outros motivos. Além disso, a negociação dos contratos de depósitos interfinanceiros (DIs) mostra que o mercado já precifica um retorno da taxa Selic à casa dos 14%.

Com essas informações, mesmo que não exista um planejamento estratégico infalível, é possível antever cenários negativos e preparar líderes, equipes e a empresa como um todo para 2023, que já não se mostra como um ano fácil para a economia brasileira e mundial. Por outro lado, todo desafio é a chance de crescer e se abrir a novas oportunidades.

3 livros de planejamento estratégico

Agora que estamos nos encaminhando para o final do artigo, trazemos 3 dicas de livros sobre planejamento estratégico para você ler e aprender mais sobre o assunto:

Competindo pelo futuro, de Gary Hamel e C.J. Prahalad

livro competindo pelo futuro

O planejamento estratégico é abordado como a peça-chave para o crescimento e sucesso com o passar do tempo. O livro se mostra como um manual sobre negócios, já que ensina a desenhar previsões, estratégias e a alavancar recursos necessários para atingir objetivos.

Empresas feitas para vencer, de Jim Collins

livro empresas feitas para vencer

Mesmo que seus negócios estejam indo bem, é possível melhorar. Com esse livro, a meta é transformar o bom em ótimo, além de trabalhar a sustentabilidade para que o crescimento não seja um fenômeno esporádico, mas algo presente no DNA da organização.

O Gerente-Minuto, de Kenneth Blanchard e Spencer Johnson

livro o novo gerente minuto

O livro é um guia focado no estabelecimento de objetivos e padrões de desempenho para uma empresa. Além disso, apresenta mecanismos para mensurar e acompanhar o crescimento do negócio.

Como um software de planejamento estratégico ajuda na sua execução?

Hoje, uma empresa que não utiliza a tecnologia ao seu favor está perdendo dinheiro. Um dos motivos é que, ao contar com um software especializado em planejamento estratégico, ela passa a trabalhar a partir de metodologias já reconhecidas pela sua eficiência.

Dessa forma, as estratégias são traçadas com mais coerência, o que implica em melhores resultados. Afinal, o conhecimento dos gestores não é suficiente para garantir bons resultados. É fundamental contar com ferramentas para otimizar e facilitar a gestão.

Além disso, as etapas descritas neste artigo tornam-se muito mais simples de serem realizadas com um software de planejamento estratégico, já que é possível atualizar dados em tempo real, gerar relatórios precisos e acessar de qualquer lugar.

Com a Scoreplan, plataforma que otimiza e integra os processos de elaboração, execução e acompanhamento de objetivos, indicadores e planos de ação, essa dificuldade é contornada, por contar com métodos que oferecem aos gestores e seus liderados maneiras mais sistematizadas de planejar e realizar as atividades.

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