De acordo com a pesquisa Content Trends, empresas que monitoram suas estratégias de forma recorrente são até 50% mais bem-sucedidas.
Por isso, se você mede as ações que realiza na sua empresa,provavelmente você está usando KPIs (Key Performance Indicator).Em uma tradução livre, indicadores-chave de desempenho.
Assim, neste artigo, veremos a importância dos KPIs, como utilizá-los e como escolher aqueles que melhor demonstram os resultados que sua empresa está alcançando.
O que é KPI
KPIs são métricas utilizadas para avaliar se as iniciativas, estratégias e/ou ações adotadas pela empresa estão atendendo ou superando os objetivos e metas.
Esses números podem ser absolutos, como a quantidade de itens produzidos, ou relativos (percentual), como quanto o total das vendas de um determinado produto representa no faturamento da empresa.
Sem os indicadores de performance, é provável que uma empresa não consiga mensurar seu crescimento.
Isso porque não vai saber onde está errando e, portanto, onde precisa melhorar. Cada empresa define os KPIs mais adequados de acordo com o que deve ser acompanhado e quais metas devem ser alcançadas no planejamento estratégico.
Um KPI precisa atender dois objetivos fundamentais: mostrar uma visão detalhada do desempenho da empresa e armazenar esses dados para que se possa acompanhar a evolução do desempenho ao longo do tempo.
Tipos de KPI: estratégico, tático e operacional
Nem todo KPI tem o mesmo papel.
Alguns mostram a direção, outros guiam o caminho, e há os que apontam se a operação está de fato andando.
Entender a diferença entre KPIs estratégicos, táticos e operacionais é essencial para conectar objetivos de alto nível com a execução do dia a dia e evitar relatórios que não servem para nada.
Quando cada nível de KPI está bem definido e alinhado, a organização opera com foco.
A estratégia é traduzida em ações, e as decisões deixam de ser baseadas em achismos.
Mas quando essa hierarquia é ignorada, o que sobra é desalinhamento, dados soltos e metas que ninguém sabe de onde vieram ou para onde levam.
KPIs estratégicos: visão de longo prazo
Os KPIs estratégicos são o norte da organização.
Eles estão diretamente ligados à visão e aos grandes objetivos que o negócio quer alcançar ao longo dos anos, como crescimento sustentável, ganho de participação de mercado ou aumento da margem de lucro.
Eles funcionam como faróis: não mostram o caminho inteiro, mas indicam se você está indo na direção certa.
Acompanhar indicadores como margem EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation, and Amortization), crescimento de receita ou NPS (Net Promoter Score) em nível corporativo ajuda a alta liderança a avaliar se a estratégia está gerando os impactos desejados.
E mais: permite tomar decisões com base em evidências, não em achismos.
Usá-los em comitês executivos, ciclos anuais de planejamento e revisões estratégicas é uma forma de garantir que o plano não fique só no papel e que a empresa evolua com consistência.
KPIs táticos: ponte entre estratégia e operação
KPIs táticos são os tradutores da estratégia para a realidade de cada área.
Eles conectam os grandes objetivos da empresa aos resultados de marketing, RH, finanças, comercial e outros departamentos. Se a estratégia é o “o quê”, os indicadores táticos ajudam a entender o “como”.
Eles entram em ação em contextos como planejamento trimestral, acompanhamento de metas departamentais ou ajustes táticos no meio do caminho.
Métricas como taxa de conversão de leads, turnover mensal ou CAC revelam se cada time está entregando o que precisa para sustentar os objetivos maiores.
O grande valor desses KPIs está na capacidade de antecipar problemas e promover correções antes que os impactos cheguem lá no topo.
KPIs operacionais: a fotografia do agora
Na base da estrutura, os KPIs operacionais mostram o que está acontecendo agora.
Eles acompanham tarefas, fluxos, prazos e desempenho diário e são essenciais para garantir que a execução esteja acontecendo como planejado.
Aqui, estamos falando de indicadores que ajudam líderes e equipes a agir rápido, corrigir desvios e manter o ritmo.
Indicadores como número de chamados resolvidos por dia, taxa de retrabalho, tempo médio de atendimento ou OEE (Overall Equipment Effectiveness ou Eficácia Geral do Equipamento) ajudam a enxergar gargalos, sobrecargas ou oportunidades de ganho de eficiência.
Esses KPIs fazem parte da rotina de gestão à vista, painéis operacionais e reuniões diárias. São eles que mantêm a engrenagem girando e que, quando bem monitorados, dão sustentação sólida aos níveis tático e estratégico.
Diferença entre KPI e métrica: entenda porque só um deles guia decisões estratégicas
Saber a diferença entre KPI e métrica é fundamental quando se trabalha com coleta de dados e informações, pois éé o que ajuda os gestores na apuração dos resultados.
As métricas acontecem no ambiente operacional da empresa.
São representadas por números absolutos e fornecem, na grande maioria das vezes, informações quantitativas que dificilmente podem ser usadas para tomada de decisão.
A importância das métricas é sua base de informações para compor um indicador.
Os indicadores (KPI) têm a função de mostrar uma situação que esteja ocorrendo na empresa. Por exemplo, um gargaloou a validação de uma melhoria.
Servem para analisar se as metas especificadas no planejamento da empresa estão sendo atingidas.
Os KPIs mostram informações táticas e estratégicas e dão aos gestores a base de informações para a tomada de decisão na condução dos negócios.
Veja os KPIs mais usados nas empresas
Os KPIs podem medir a performance de qualquer setor ou departamento da empresa e são classificados de acordo com o conjunto de ações que avaliam.
Os tipos variam de acordo com o setor ou natureza do negócio. Vamos citar alguns KPIs que podem ser usados por todas as empresas.
H3: Indicador de lucratividade
A importância da lucratividade de uma organização faz com que esse KPI seja fundamental.
O indicador de lucratividade mostra a rentabilidade da empresa em um determinado período.
Saber quais métricas influenciam nesse resultado é muito importante, vejamos:
Para se obter esse KPI, divide-se o lucro líquido do período que se quer monitorar pela receita total obtida nesse período e multiplica por 100.
Lucratividade = (Lucro Líquido / Receita Total) x 100
Digamos que um determinado negócio tenha obtido um faturamento de R$ 800.000,00 em um ano e o total de custos, com impostos, tenha sido de R$ 580.000,00.
Seguindo a fórmula do índice de lucratividade, (lucro líquido do período/receita total do período) x 100, teremos uma lucratividade de 27,5%.
Indicador de produtividade
Esse KPI serve para medir a quantidade de recursos usados na produção de um produto ou necessários para que um serviço seja executado. Mostra para os gestores o quanto os processos da empresa estão sendo eficientes.
Veja um exemplo: Digamos que uma empresa produza 2000 canetas por dia com um custo operacional de R$ 800,00 (C.O).
Para essa produção, 4 funcionários são envolvidos, numa jornada de 8 horas, e a linha de produção ocupa 40m² da empresa.
Com esses dados, nosso KPI de produtividade vai mostrar que cada caneta foi produzida a um custo de R$ 0,40 (R$800,00 C.O/2000 un); são produzidas 250 canetas por hora (2000 un/ 8h); cada funcionário participa com a produção de 500 canetas (2000 un/4 funcionários); e são produzidas 50 canetas para cada metro quadrado da área da empresa destinada a esse item (2000 un/ 40m²).
Indicador de rotatividade de pessoal (turnover)
As principais funções do KPI de rotatividade de pessoal são mostrar o grau de satisfação do funcionário, clima organizacional da empresa e também, indiretamente, os custos que essa rotatividade acarreta para a empresa com rescisões, contratações e treinamento.
O cálculo é feito da seguinte forma:
(Número de contratados + número de desligamentos)/2/número de funcionários
Se uma empresa tem em seu quadro 50 funcionários, contratou 8 e demitiu 12, seguindo o cálculo do indicador, teve uma rotatividade de 20%.
Como escolher bons KPIs para o seu negócio?
Se a empresa não mede seus indicadores, não tem como melhorar e terá dificuldades em manter um crescimento sustentável.
Mas não é por isso que se deve medir tudo.
O excesso de números pode ser tão ruim para a tomada de decisão quanto não ter nenhum.
O ponto de partida para a escolha de bons KPIs é definir objetivos bem específicos, quais os caminhos necessários para atingi-los e em quanto tempo eles devem ser realizados.
Isso deverá acontecer orientado pelo mapa estratégico. Os indicadores vão medir o desempenho de cada objetivo e precisam ter algumas características:
Disponibilidade para ser mensurado
Pode parecer óbvio, mas se a empresa não tem histórico de métricas e indicadores e está no início desse processo, precisa criar as condições para que o KPI que julga relevante possa ser medido.
Se a empresa precisa medir sua produtividade, por exemplo, deve criar as condições para coletar todos os dados necessários, como o número de itens produzidos em um determinado tempo.
É preciso que exista um modo confiável para fazer a contagem dos itens fabricados.
Importância para o negócio e tomada de decisão
O KPI precisa mostrar aos gestores se os resultados definidos/previstos pelos objetivos estão sendo alcançados ou não, para que os ajustes e melhorias possam ser feitos, mostrando os melhores caminhos para o crescimento da empresa.
Como acompanhar KPIs com eficiência: ferramentas e dashboards que funcionam na prática
Você definiu ótimos KPIs. Mas… e agora?
Vai acompanhar tudo em planilha manual?
Para que os dados usados para acompanhar os KPIs sejam confiáveis, é interessante que esse processo seja o mais automatizado possível.
Essas informações serão usadas para guiar decisões estratégicas. Por isso, é importante que (1) sejam acompanhadas com a constância e o rigor adequado e (2) que sejam o mais à prova de erro humano possível.
Ferramentas de acompanhamento são essenciais para transformar dados em decisões sem travar na operação.
O segredo está em escolher soluções que combinem praticidade, visualização e integração.
Exemplos práticos:
- BI e dashboards interativos (como Power BI, Tableau, Scoreplan) para visão em tempo real.
- ERPs e CRMs integrados com painéis customizáveis.
- Planilhas dinâmicas, sim — desde que atualizadas automaticamente, claro.
O importante é que os dados cheguem certos, rápidos e no formato certo para o seu time.
Um bom dashboard mostra onde agir antes que o problema vire meta perdida.
Gestão de KPIs: boas práticas que funcionam (e erros que ainda travam decisões)
Gerenciar KPIs não é sobre criar relatórios bonitos — é sobre garantir que cada indicador tenha um propósito claro, esteja conectado a uma meta real e ajude as pessoas certas a tomar decisões melhores, mais rápidas e mais conscientes.
Quando bem conduzida, a gestão de indicadores se transforma em um sistema de navegação para toda a empresa. Quando mal feita, vira ruído, retrabalho e desalinhamento.
Alguns pontos importantes a considerar e desenvolver na gestão de KPIs são:
- Revisão: KPIs não são eternos. Eles devem evoluir junto com a estratégia, os ciclos de negócio e até o momento do mercado. O que fazia sentido no ano passado pode não fazer mais agora — e insistir em indicadores defasados é o mesmo que seguir um mapa antigo esperando chegar ao destino certo.
- Visibilidade: dados soltos em várias planilhas e sistemas não ajudam ninguém. O ideal é centralizar os indicadores em dashboards dinâmicos, com atualização automática e visual simples. Isso reduz o tempo perdido com compilações manuais e libera energia para análise real de desempenho.
- Cultura: se os indicadores não são discutidos nos rituais da empresa — como reuniões de time, comitês de resultados ou ritos de planejamento — eles perdem força. KPI que fica esquecido no fundo de um relatório não impacta a operação. E, mais grave ainda, pode dar uma falsa sensação de controle.
Do outro lado, alguns erros ainda são mais comuns do que deveriam. Medir tudo, por exemplo, é um clássico.
Quando tudo importa, nada tem prioridade. E não é raro ver empresas acompanhando dezenas de métricas que não dizem nada sobre o que realmente precisa melhorar.
Outro tropeço comum é usar indicadores complexos, que ninguém entende ou que exigem malabarismo para serem calculados. Isso só afasta o time e enfraquece a gestão.
Se você quer maturidade de verdade na gestão de indicadores, comece tratando KPI como o que ele é: uma bússola.
Um bom KPI aponta o caminho, mostra o que corrigir e reforça o que está dando certo.
E quando todos na empresa conseguem enxergar isso com clareza, os resultados deixam de ser acidentais — e passam a ser consequência de um processo bem estruturado.
Transforme dados em direção clara — e leve sua gestão por indicadores para o próximo nível
Ao longo deste conteúdo, você viu que KPI não é só um número bonito no relatório. É ferramenta estratégica, ponte entre equipes, alerta de riscos e farol para decisões mais inteligentes.
Mas para tudo isso funcionar de verdade, é preciso mais do que teoria, é preciso método, tecnologia e visibilidade.
Se sua empresa ainda sofre com indicadores soltos, excesso de planilhas ou dificuldade em conectar a estratégia com a execução, talvez esteja na hora de mudar o jogo.
A Scoreplan foi feita exatamente para isso: integrar planejamento, projetos, metas e KPIs em um só lugar, com dashboards dinâmicos e gestão colaborativa.Quer ver na prática como a Scoreplan pode transformar a forma como sua equipe trabalha com indicadores? Acesse agora e agende sua demonstração gratuita.