Se você chegou até aqui, já ouviu falar sobre OKRs e está em busca de um modelo de Planilha de OKR para ajudar na sua gestão.
Só para recapitular, o método OKR foi essencial para o crescimento de empresas como a gigante Google, além de ser utilizado atualmente por organizações do porte de Spotify, Walmart, GE e LinkedIn.
Neste artigo, você vai entender como colocar em prática esse framework de gestão na sua empresa.
Ainda, você conhecerá um pouco mais sobre o método OKR, o modo de utilização correto de uma planilha, assim como a importância da análise e acompanhamento do desenvolvimento do método através da ferramenta.
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Como e quando surgiu o conceito de OKR
O método OKR foi criado para que todos dentro de uma empresa trabalhem por um objetivo comum. Conforme Peter Drucker, considerado pai da administração moderna e um dos fomentadores dessa nova visão empresarial ainda na década de 1950; não basta ter a melhor estratégia se a cultura da empresa não está alinhada com a sua execução.
Os OKRs, do jeito como conhecemos hoje, foram criados pela Intel na década de 1970, por meio de Andy Grove e John Doerr. Em 1999, após um benchmarking (processo de avaliação da empresa em relação à concorrência, por meio do qual incorporam-se as melhores práticas de outras organizações e/ou aperfeiçoam-se os seus próprios métodos), os fundadores da então “pequena empresa Google” passaram a adotá-los como estratégia de gestão e crescimento.
O que é OKR
A sigla em inglês OKR significa “Objectives and Key-Results”. No português:Objetivos e Resultados-Chaves.
Para abrir esse conceito, OKRs são uma metodologia de gestão e planejamento que to intuito de tornar mais claro o caminho para que empresas atinjam resultados de acordo com metas predefinidas.
Principais características dos OKRs.
Comunicação
Uma das principais características dos OKRs é ser uma metodologia que funciona como uma ferramenta de comunicação interna. Elatem como objetivo alinhar as expectativas da empresa com os colaboradores.
Simplicidade
Os OKRs devem conter uma linguagem simples, de fácil compreensão por todos,
O objetivo: tornar a comunicação mais clara, eficaz e acessível.
Criação/Fortalecimento de Cultura
Quando falamos de OKRs, estamos falando também da criação ou fortalecimento do alinhamento da cultura da empresa.
Isso porque eles preveem aproximar os diversos setores, já que a ideia é que todos saibam o que está acontecendo em toda a empresa, mesmo que sem aprofundamento.
O time de marketing, por exemplo, tem conhecimento de como anda o time de tecnologia da informação.
Nesse sentido, os OKRs devem sempre ser definidos entre gestor e colaborador, para que seja possível alcançar não apenas um melhor desempenho do próprio funcionário, como também objetivos que estejam de fato alinhados a todo o contexto da empresa.
Esse modelo de horizontalidade é um dos diferenciais dessa metodologia, que garante maior engajamento.
Limitação
Os OKRs também são característicos por seu número limite de objetivos e key-results, para evitar a perda de foco e consequentes resultados ruins.
O método prevê que, em cada ciclo, um colaborador tenha entre 2 e 5 objetivos, sendo que cada um deles deve ter entre 2 e 5 resultados-chave.
Dessa forma, metas não apenas se tornam mais atingíveis, como mais leves de serem cumpridas.
Ciclos curtos
A maior parte das empresas utiliza a ferramenta definindo ciclos trimestrais de OKR, de forma que possuem duração de 30 a 45 dias, o que acelera o período de feedback.
Porém, também existem os OKRs de alto nível, que são os anuais. Eles geralmente são em pequeno número e pensados para o atingimento de metas desafiadoras e decisivas para o sucesso da organização.
Um fator positivo da metodologia OKR é proporcionar o acompanhamento dos progressos e facilitar a correção de erros, que acontece de forma rápida.
Atualizações mais rápidas e regulares, semanais ou quinzenais, contribuem para ganhos de visão e insights para problemas. Sem dúvida, a evolução em geral tende a ser muito mais rápida.
Os componentes dos OKRs
Para aplicar OKRs com sucesso na sua empresa, não basta entender o conceito, é preciso dominar seus três pilares fundamentais: Objetivo, Key-Results e Iniciativas.
Esses componentes formam a base do framework e garantem que ele funcione na prática, com clareza, foco e mensuração real dos resultados.
Veja a seguir o que significa cada um e como estruturar corretamente seus OKRs:
Objetivo: é a declaração qualitativa do que se deseja alcançar. Ele deve ser inspirador, claro e motivador, utilizando uma linguagem acessível que conecte as equipes em torno de um propósito comum.
Uma fórmula prática para defini-lo é: verbo + o que você fará + por que isso importa.
Por exemplo: “Lançar uma nova funcionalidade para melhorar a experiência do cliente”.
É importante lembrar que o objetivo não é uma meta numérica, mas sim a direção estratégica.
Key-Result: são os resultados mensuráveis que indicam se o objetivo está sendo atingido.
Eles devem ser quantificáveis, desafiadores, porém alcançáveis, sempre com métricas claras.
Uma estrutura útil é: substantivo + métrica de acompanhamento de x para y.
Um exemplo seria: “Reduzir o tempo médio de atendimento de 48h para 24h”. Cada objetivo deve conter de dois a cinco key-results, quantidade ideal para manter o foco e evitar dispersão.
Iniciativas: são as ações concretas que devem ser realizadas para alcançar os key-results.
Elas representam os esforços do dia a dia e conectam o planejamento à execução.
Exemplos de iniciativas incluem: “Implantar chatbot na central de suporte” ou “Criar vídeo tutorial sobre uso da plataforma”. Embora não sejam acompanhadas como resultados, são indispensáveis para garantir que os objetivos saiam do papel.
Dominar esses três componentes é fundamental para que os OKRs realmente funcionem na prática.
Quando bem estruturados, eles aumentam a clareza estratégica, o alinhamento entre times e a eficiência na execução, contribuindo para uma cultura de resultados contínuos. Mais do que definir bons OKRs, o essencial é garantir um acompanhamento consistente ao longo do tempo.
Princípios dos OKRs
Não há dúvidas de que a incerteza atual gera a necessidade de análises e planejamentos ágeis, adaptáveis e focados em resultados.
Um dos princípios dos OKRs é a sua agilidade, o que faz com que possam ser alterados de forma mais fácil, visando assim a correção de estratégias que já se mostram equivocadas, fato que inevitavelmente ocorre em toda e qualquer empresa que deseja expandir, em todos os níveis.
Foco
Um dos maiores diferenciais da metodologia OKR é sua capacidade de promover foco real nas prioridades da organização.
Em vez de se dispersar com dezenas de metas simultâneas, os OKRs exigem escolhas claras e conscientes.
Isso significa definir o que realmente importa nos próximos meses e alinhar toda a equipe em torno dessas decisões.
O foco permite que recursos, como tempo, pessoas e energia, sejam direcionados para objetivos estratégicos, com menos esforço desperdiçado e mais impacto nos resultados.
Ao limitar a quantidade de objetivos e resultados-chave, o método também estimula uma gestão mais enxuta e eficiente. E lembre-se: sem foco, até o melhor planejamento perde força na execução.
Bottom Up
Embora muitas metodologias de gestão sejam construídas de cima para baixo, os OKRs se destacam por sua abordagem bottom-up, ou seja, de baixo para cima.
Isso significa que os colaboradores participam ativamente na definição de seus objetivos e resultados-chave, em vez de apenas receberem metas impostas pela liderança.
Esse princípio fortalece o engajamento, estimula o senso de pertencimento e gera insights valiosos a partir da linha de frente.
Quando as equipes contribuem com suas próprias metas, alinhadas à visão da empresa, cria-se um ambiente mais colaborativo e estratégico. Além disso, essa estrutura favorece a inovação, já que valoriza o olhar prático de quem está mais próximo dos desafios reais do negócio.
Transparência
A transparência é um pilar essencial dos OKRs.
Ela promove visibilidade total sobre os objetivos da empresa, os resultados esperados e o progresso de cada equipe. Isso cria um ambiente de confiança, onde todos sabem onde a organização quer chegar e como cada parte está contribuindo.
Com os OKRs visíveis para todos, os times conseguem identificar sinergias, evitar esforços duplicados e até buscar ajuda entre áreas diferentes. A transparência também favorece a autoavaliação contínua, reduz ruídos de comunicação e reforça a cultura de responsabilidade. Em um mercado que exige cada vez mais agilidade e adaptação, saber com clareza “onde estamos” e “para onde vamos” faz toda a diferença.
Exemplos de metas OKR: roofshot e moonshot na prática
Ao estruturar seus OKRs, é fundamental entender os diferentes tipos de metas que podem ser definidas.
Entre os formatos mais utilizados pelas empresas estão as metas roofshot e moonshot, termos que ajudam a diferenciar o grau de ambição e esforço necessário para alcançá-las.
- Metas roofshot: são aquelas que exigem dedicação, mas permanecem dentro de um campo de realização factível. Elas se referem a melhorias incrementais, que buscam evoluir processos, eficiência ou resultados já existentes. Por exemplo, aumentar em 10% a taxa de conversão de leads ou reduzir o tempo médio de entrega de um projeto em uma semana. Essas metas são ideais para manter o ritmo de progresso contínuo e consolidar bons hábitos de gestão.
- Metas moonshot: representam um salto ousado rumo à inovação. Elas são altamente desafiadoras, às vezes até parecem inatingíveis em um primeiro momento, e é exatamente isso que as torna tão poderosas. Um exemplo de meta moonshot seria “triplicar a base de clientes em seis meses” ou “expandir para três novos mercados internacionais em um trimestre”. Esse tipo de meta impulsiona mudanças disruptivas e estimula equipes a pensar além do óbvio.
O segredo está em equilibrar metas roofshot e moonshot de acordo com o momento da empresa e a maturidade dos times.
Enquanto as metas mais conservadoras ajudam na consolidação, as mais ousadas alimentam a inovação e aceleram o crescimento.
Dominar esses dois estilos de metas dentro dos OKRs ajuda a construir uma gestão mais estratégica, com visão de longo prazo e ações executáveis no curto prazo.
E o mais importante: inspira as equipes a desafiarem seus próprios limites de forma sustentável.
O que é uma planilha de OKR
Não existe uma maneira única de aplicar os OKRs, já que cada empresa é livre e deve usar a ferramenta da maneira que melhor funcionar para o seu time e colaboradores.
Inclusive, é comum que equipes diferentes de uma mesma empresa façam uso dos OKRs de maneiras variadas. O mais importante é encontrar a aplicação que melhor funciona para a organização.
Aqui, estamos falando de uma planilha de OKR, meio mais comumente utilizado no início das implementações da metodologia nos times e nas empresas.
Quando criada e utilizada da maneira correta, a planilha torna-se prática, além de permitir uma visualização mais clara de como está o desempenho de forma individual e coletiva de colaboradores e da organização, respectivamente.
Como é composta uma planilha de OKR
Uma planilha OKR deve conter diversos elementos indispensáveis.
É importante entender quais são as características de cada um deles para que sejam preenchidos da maneira correta, o que proporcionará clareza e assertividade na gestão dos OKRs.
- Dados Gerais: aba para fazer as configurações básicas da planilha, como inserir a data do início do planejamento e o período de duração.
- Cadastro de Objetivos: para cadastrar os objetivos, de forma simples e clara.
- Cadastro de Key-results: abaixo de cada objetivo, para cadastrar os resultados-chave, também de forma simples e clara, um em cada linha.
- Planejamento e Acompanhamento: para fazer o acompanhamento numérico (valores, unidades ou outra variável) a partir do acompanhamento semanal, mensal ou quinzenal (conforme decidido pelo departamento ou equipe), sempre comparando com o realizado efetivamente.
- Iniciativas: para definir e acompanhar os planos de ação, ou seja, as iniciativas necessárias para o atingimento dos objetivos e resultados-chave.
- Resultados Consolidados: aba para incluir os índices dos seus objetivos, os resultados das ações definidas nos planos de ação, além de alertas, dicas e gráficos gerais da planilha.
- Relatório para Impressão: onde todos os dados da planilha podem ser compilados em relatórios já prontos para impressão.
Com todos esses elementos bem estruturados, a planilha de OKR se torna uma poderosa aliada na gestão por resultados.
Ela oferece uma visão completa do planejamento, da execução e do desempenho dos objetivos, permitindo que líderes e equipes acompanhem o progresso com clareza e tomem decisões mais estratégicas ao longo do ciclo.
Quais empresas podem utilizar uma planilha de OKR
A gestão por OKRs, mesmo com todos os seus benefícios, pode não ser a melhor escolha para algumas empresas.
Dependendo do seu modelo de negócios, a utilização de metodologias tradicionais, como o Gerenciamento por Diretrizes ou Balanced Scorecard, pode ser mais indicada. Vale fazer uma avaliação, considerando as características de cada método e a cultura da empresa.
De qualquer modo, em qualquer empresa, os OKRs podem ser utilizados para determinados departamentos, como as áreas de inovação, tecnologia e marketing, que tendem a sofrer transformações mais rápidas.
Dicas finais de utilização de uma planilha de OKR
Antes de terminar, aqui estão mais algumas dicas importantes na hora de manter em dia a sua planilha de OKRs. Confira:
Simplificação de dados e informações
A planilha de OKR deve conter todas as informações necessárias, porém, quanto mais elas puderem ser escritas de forma curta e breve (como o próprio método induz), melhor.
Isso porque a visualização será mais clara, e o risco de perda de foco e confusão diminui consideravelmente.
Número de resultados-chave
É a indicação de que cada objetivo não possua mais do que 5 resultados-chave.
O intuito da metodologia OKR é simplificar o caminho para o sucesso desejado, e não complicá-lo.
Assim também é a planilha: o intuito é facilitar a gestão de OKRs, e não o contrário. Acima de tudo, deve ser um documento facilitador.
Mensuração e acompanhamento
Tendo a sua planilha OKR, lembre-se de gerar relatórios das suas mensurações e compartilhá-los com os colaboradores de forma coletiva e transparente.
Assim, todos podem analisar o que deu certo ou não, evitando futuros erros recorrentes. Desse modo, também facilita que surjam melhorias e alterações de objetivos ou resultados-chave.
Outro grande segredo é fazer o acompanhamento do seu progresso de forma regular e comprometida.
A avaliação periódica é indispensável para que haja consciência se as metas definidas estão realmente trazendo os resultados desejados, antecipando cenários e mudando estratégias se necessário.
Lembre-se sempre de salvar
Pode ser algo básico, mas é sempre bom lembrar quando estamos falando de planilhas.
Por mais que muitos utilizem a versão online, confira se os dados foram salvos com sucesso sempre que alterações são feitas, de forma a não gerar confusão, retrabalho ou até desavenças.
Como um software pode contribuir para a gestão de OKRs
A tecnologia pode ser uma aliada para implementar os OKRs de uma forma muito simples, clara e prática no dia a dia.
Um software é capaz de reunir todas as informações e proporcionar acesso aos colaboradores de onde estiverem, por exemplo.
Com um software, as planilhas ficam para trás, dando lugar a um sistema onde, com apenas alguns toques, é possível ter uma visão clara de como está o andamento de toda a empresa.
Além disso, essas tecnologias permitem visualizar o alinhamento das metas em tempo real e eliminam os riscos relativos a erros humanos.
Um software dispõe de mais flexibilidade para alterar metas, o que proporciona mais agilidade, uma das principais características dos OKRs.
Ele facilita para que os processos sejam ainda mais transparentes dentro de uma organização, fator cada vez mais importante nos dias atuais.
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